04 nov, 2022 - 04:19 • Lusa
Os Estados Unidos e a Coreia do Sul alertaram a Coreia do Norte que a utilização de qualquer tipo de arma nuclear contra Seul ou outros aliados regionais resultaria no fim do regime de Kim Jong-un.
Após se reunirem no Pentágono, o secretário Estado da Defesa, Lloyd Austin, e o ministro da Defesa sul-coreano, Lee Jong-sup, divulgaram uma declaração conjunta a referir que "condenaram fortemente" a escalada militar da Coreia do Norte.
Esta quinta-feira, em Washington, ambos os governantes pressionaram que qualquer uso de armas nucleares, incluindo dispositivos nucleares táticos de baixo rendimento contra Seul ou outros aliados regionais como o Japão, "resultaria no fim do regime de Kim Jong-un pela resposta esmagadora e decisiva da aliança", referiu Lee em conferência de imprensa conjunta com Austin.
O secretário de Estado da Defesa norte-americano também disse que o aumento da agressão da Coreia do Norte não resultaria em tropas adicionais dos Estados Unidos ou ativos estratégicos na região de forma permanente, mas numa presença militar temporária.
As tensões entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte também aumentaram com os relatórios recém-divulgados de que está a fornecer artilharia para a Rússia usar contra a Ucrânia.
Em resposta aos lançamentos de mísseis, os Estados Unidos prolongaram o exercício militar "Vigilant Storm", que estava programado para durar até sexta-feira.
"O nosso exercício aéreo combinado com a ROK [Forças Armadas da Coreia do Sul] foi prolongado até 05 de novembro [sábado]. Continuamos em estreita coordenação com o nosso aliado da ROK em quaisquer mudanças adicionais e no ambiente de segurança na Península da Coreia. O nosso compromisso com a defesa da ROK é firme", salientou o Pentágono num `e-mail` enviado à imprensa norte-americana.
Os exercícios militares de grande escala entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul foram retomados este ano.
A Coreia do Norte lançou mais de 20 mísseis nos últimos dois dias em resposta aos exercícios militares dos Estados Unidos e da Coreia do Sul que começaram na segunda-feira.