05 nov, 2022 - 14:30 • Lusa
Entre 277 e 341 pessoas morreram desde o início dos protestos, há cerca de dois meses, no Irão, após a morte da jovem Mahsa Amini, sob custódia das Polícia, segundo duas organizações não-governamentais.
De acordo com a Human Rights Activists News Agency, com sede nos Estados Unidos, entre as 341 mortes há pelo menos 47 crianças e 38 membros das forças de segurança.
A estas mortes juntam-se cerca de 14.000 detidos pelos protestos, em mais de 130 localidades do país, segundo o balanço publicado hoje na sua conta na rede social Twitter.
Já a ONG Iran Human Rights estima em 277 mortes até quarta-feira passada, incluindo 40 menores de 18 anos.
A organização realça que estas estimativas são um “mínimo absoluto”, referindo mortes em 22 províncias, tendo os números mais elevados sido registados no Sistão e Baluchistão, Mazandaran, Teerão, Curdistão e Gilan, respetivamente.
Os meios oficiais de comunicação noticiaram cerca de 40 mortes no final de setembro, duas semanas após a morte de Amini pela chamada polícia dos costumes por alegadamente não usar o véu de acordo com os preceitos impostos no país.
O Irão tem enfrentado protestos desde a morte de Amini em 16 de setembro, três dias depois de ter sido detida pela polícia moral por usar incorretamente o véu islâmico. Os protestos são liderados principalmente por jovens e mulheres que pedem liberdade e o fim da República Islâmica, algo impensável há pouco tempo.
Nos últimos tempos, a repressão das manifestações endureceu, especialmente nas universidades, na sequência de um ultimato dos Guardas Revolucionários para que os jovens parassem de protestar.