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Guerra na Ucrânia

Chanceler alemão apela à Rússia para rejeitar claramente o nuclear

06 nov, 2022 - 10:37 • Lusa

Já na sexta-feira, durante uma visita à China, Scholz havia advertido para o perigo de uma escala

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O chanceler alemão apelou à Rússia para descartar com clareza o uso de armas atómicas na guerra na Ucrânia.

“Não está permitido e não é legítimo usar armas nucleares neste conflito”, disse Olaf Scholz, numa ação do Partido Social Democrata (SPD) que se realiza este fim-de-semana.

"Apelamos à Rússia que declare que não o fará. Trata-se de um limite que não pode ultrapassar-se", acrescentou.

Já na sexta-feira, durante uma visita à China, Scholz havia advertido para o perigo de uma escalada nuclear.

Por outro lado, na iniciativa do SPD houve uma intervenção virtual do líder do grupo parlamentar que causou polémica. Rolf Mutzenich, que defendeu repetidas vezes a procura de uma solução diplomática na Ucrânia, assegurou que esta tinha levado a que o Governo ucraniano o incluísse numa "lista de terroristas".

"Irritou-me ter sido incluído numa lista de terroristas do Governo ucraniano, com a justificação que defendo um cessar-fogo ou tréguas regionais para poder haver avanços diplomáticos", disse Mutzenich.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano, entretanto, negou que exista uma lista deste tipo. “O Governo ucraniano não faz listas de terroristas e, tanto quanto sei, na Ucrânia não há qualquer processo contra o senhor Mutzenich", disse o porta-voz dos Negócios Estrangeiros, Oleh Nikolenko, através da rede social Facebook.

O Centro contra a Desinformação do Conselho de Segurança e Defesa da Ucrânia publicou, no verão, na internet, uma lista de 70 pessoas, entre as quais estava Mutzenich, a quem acusava de difundir "narrativas" que coincidem com a propaganda russa.

No entanto, essa lista já não está na rede.

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  • Perda de tempo
    06 nov, 2022 Voz grossa com a Rússia 11:50
    Apelos à Rússia são inúteis - se até os apelos do Papa caíram em saco roto... - assim como apelos à negociação. A Rússia aceita negociar, principalmente agora que está a perder no campo de batalha, mas a ideia russa de negociações é uma lista interminável de exigências, mais parecidas com uma rendição incondicional, a juntar ao reconhecimento das anexações e da soberania russa sobre todos os territórios ocupados na Ucrânia. Os ucranianos não estão para aí virados obviamente, pelo que falar em "negociações" de momento é perda de tempo.

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