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COP27

Cimeira do Clima. Marcelo espera que não se sacrifique o futuro a prazo da humanidade

08 nov, 2022 - 15:55 • Lusa

Na mensagem publicada esta terça-feira, o Presidente da República subscreve a posição do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, de que "a luta contra as alterações climáticas é uma questão decisiva e vital para o futuro de todos".

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta terça-feira esperar que na 27.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27) não se sacrifique o futuro a prazo da humanidade por razões de futuro imediato.

Numa mensagem publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, o chefe de Estado saúda a COP27, reunida em Sharm el-Sheikh, no Egito, onde discursou esta terça-feira o primeiro-ministro, António Costa, e considera que Portugal tem assumido as suas responsabilidades com um amplo consenso interno nesta matéria.

"Num largo consenso nacional e como afirmou o primeiro-ministro, Portugal tem vindo a assumir as suas responsabilidades e espera que a COP27 possa obter conclusões que permitam atingir os objetivos para 2050, não cedendo à tentação, por razões de futuro imediato, de sacrificar o futuro a prazo da humanidade", afirma Marcelo Rebelo de Sousa.

Nesta nota, o Presidente da República subscreve a posição do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, de que "a luta contra as alterações climáticas é uma questão decisiva e vital para o futuro de todos" e de que "é por isso fundamental tomar medidas efetivamente indispensáveis para evitar uma catástrofe mundial".

No discurso que fez na COP27, o primeiro-ministro defendeu que a transição energética é compatível com o crescimento económico, mas é principalmente um imperativo moral dos líderes políticos em relação às gerações futuras que não pode abrandar por causa da guerra na Ucrânia.

"O drama da guerra na Ucrânia não nos pode desviar da urgência da resposta aos desafios das alterações climáticas", declarou António Costa.

"Na verdade, as consequências desta guerra têm demonstrado quão necessário é acelerar a transição energética e diminuir a dependência dos combustíveis fósseis. Todos somos afetados pela dramática escalada de preços na energia decorrente desta guerra, deixando milhões em situação de pobreza energética", argumentou.

Quanto aos compromissos de Portugal, o primeiro-ministro disse que as metas assumidas "são ambiciosas", têm sido cumpridas e até antecipadas: "Reforçamos o nosso objetivo de atingir a neutralidade carbónica até 2050, com o compromisso de estudar a viabilidade da sua antecipação até 2045".

"Conseguimos antecipar em dois anos o encerramento das nossas últimas centrais a carvão, que já deixaram de funcionar no ano passado e, apesar da crise energética, não vamos reativar. Continuamos também a apostar nas renováveis e temos a capacidade e a ambição de passar de importadores de energia fóssil a exportadores de energia verde", acrescentou.

Em defesa de uma "transição energética justa", António Costa pediu respostas aos problemas do continente africano e adiantou que Portugal vai reforçar a sua cooperação no domínio ambiental em 2023.

A COP27 começou no domingo e decorre até 18 de novembro em Sharm el-Sheikh, no Egito.

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