09 nov, 2022 - 22:26 • Lusa
O ex-presidente norte-americano Donald Trump admite que os resultados do seu partido foram "de certa forma dececionantes" por não terem produzido a "onda vermelha" (a cor dos Republicanos) no Congresso que algumas sondagens previam.
Numa mensagem na sua rede social, a Truth Social, o ex-presidente disse que "de certa forma, as eleições de ontem foram algo dececionantes", embora tenha esclarecido de imediato que, segundo o seu ponto de vista "pessoal", foram um triunfo.
Os Republicanos anteciparam para estas intercalares uma grande "onda vermelha" que lhes devolveria o poder no Congresso, mas a sua vantagem na Câmara de Representantes, e um impasse no Senado, esvaziaram as expectativas e colocaram em causa tanto a sua força, quanto a de Trump.
Esse 'tsunami' vermelho', previsto pelo senador do Texas, Ted Cruz, e por algumas sondagens, tornou-se numa leve onda.
De acordo com as últimas projeções da imprensa, a futura maioria no Senado será decidida em três estados-chave: Arizona, Nevada e Geórgia, onde os resultados das eleições demorarão a serem conhecidos, e prolongarão a incerteza até dezembro.
O chefe de Estado norte-americano realçou que apes(...)
De momento, segundo as projeções da rede CNN, os Democratas têm 48 das 100 cadeiras na câmara alta do país, contra 49 dos republicanos, permanecendo apenas por determinar os resultados do Arizona, Nevada e Geórgia.
Mesmo assim, ainda há meios de comunicação como The New York Times ou The Washington Post que dão empate no Senado, com 48 cadeiras para os Democratas e 48 para os Republicanos, porque ainda não terminaram as suas estimativas para o Alaska, onde a CNN projetou uma vitória Republicana.
Em relação à Câmara dos Representantes, com 435 cadeiras em jogo e a contagem de votos ainda em andamento, as projeções colocam os Republicanos à frente: a CNN concede-lhes 203 cadeiras e 187 aos democratas, enquanto o New York Times estima 204 cadeiras para os primeiros e 176 para os segundos.
As eleições intercalares que decorreram na terça-feira determinarão qual o partido que controlará o Congresso norte-americano nos dois últimos anos do mandato do Presidente Joe Biden, estando também em jogo, entre outros cargos, 36 governos estaduais.
Em disputa estão todos os 435 lugares na Câmara dos Representantes, onde os democratas atualmente têm uma estreita maioria de cinco assentos, e ainda 35 lugares no Senado, onde os democratas têm uma maioria apenas graças ao voto de desempate da vice-presidente, Kamala Harris.