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Ucrânia

Kherson. Forças ucranianas recuperam controlo de 60 localidades

13 nov, 2022 - 11:41 • Lusa

Zelensky assegura que especialistas em desativação de bombas têm agora "muito trabalho a fazer".

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou no sábado que as forças militares ucranianas recuperaram o controlo de mais de 60 localidades em Kherson, após a retirada do exército russo dessa região do sul do país.

"A partir desta noite, as forças de defesa recuperaram o controlo em mais de 60 localidades na região de Kherson e a polícia começou a tomar medidas de estabilização", assegurou o presidente ucraniano no seu habitual discurso noturno transmitido nas redes sociais.

Zelensky adiantou que os especialistas em desativação de bombas "têm muito trabalho a fazer" neste território, tendo em conta que quase 2.000 engenhos explosivos já foram removidos, caso de minas, armadilhas e munições por explodir.

Adiantou ainda que dez grupos de peritos em desativação de engenhos explosivos estão trabalhar na região, em conjunto com a polícia e várias unidades das forças de defesa.

"Antes de fugirem de Kherson, os russos destruíram todas as infraestruturas críticas: comunicações, abastecimento de água, aquecimento e eletricidade", lamentou o Presidente da Ucrânia.

Volodymyr Zelensky agradeceu ainda às forças de defesa e de informações "pelo brilhante trabalho das tarefas de libertação de Kherson", acrescentando que "farão o mesmo em Henichesk e Melitopol".

A invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.490 civis mortos e 9.972 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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