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Médio Oriente. Duplo atentado faz um morto e 20 feridos em Jerusalém

23 nov, 2022 - 06:50 • Olímpia Mairos com redação e agências

Autoridades israelitas admitem que as duas explosões são parte de um atentado coordenado, que ainda não foi reivindicado.

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Um morto e 20 pessoas feridas é o balanço de dois atentados distintos, esta manhã, na cidade de Jerusalém. Autoridades confirmam que duas das vítimas estão em estado grave.

Uma primeira explosão ocorreu numa paragem de autocarros da cidade. Pouco depois deu-se outra explosão junto a uma das entradas norte da cidade.

A vítima mortal é um adolescente canadiano de 16 anos.

As autoridades israelitas admitem que as duas explosões são parte de um atentado coordenado, que ainda não foi reivindicado.

Segundo uma fonte da polícia, os dispositivos foram “controlados remotamente e continham pregos” e “estavam dentro de sacos”. Já um alto funcionário de segurança adiantou que o caráter dos ataques indica que “há infraestruturas significativas por trás deles, incluindo inteligência, obtenção e preparação de explosivos”.

Hamas elogia ataques. Embaixador da União Europeia mostra-se "horrorizado"

O grupo militante palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza, elogiou os atentados. “Felicitamos o nosso povo palestino e o nosso povo na cidade ocupada de Jerusalém pela heróica operação especial na paragem do autocarro”, disse o porta-voz do Hamas, Abd al-Latif al-Qanua.

O embaixador da União Europeia em Israel, Dimiter Tzantchev, mostrou-se “horrorizado com os ataques terroristas”.

“Expresso as minhas mais profundas condolências à família das vítimas e desejo uma rápida recuperação a todos os feridos. O terror nunca é justificado”, escreveu no Twitter.

Na sequência de ataques mortais em Israel, a partir de março, o exército israelita realizou mais de dois mil ataques na Cisjordânia.

Estes ataques, e os confrontos por vezes a eles associados, causaram a morte a 125 palestinianos, o maior número de mortos em sete anos, de acordo com a ONU.

Sem reclamar responsabilidade pelos ataques de Jerusalém, o movimento islamista palestiniano Hamas, no poder na Faixa de Gaza, considerou-os “o preço dos crimes e agressões de Israel contra o povo” palestiniano.

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