24 nov, 2022 - 22:15 • João Malheiro com Lusa
A Agência Europeia para os Medicamentos (EMA, na sigla inglesa) considerou hoje que a pandemia de Covid-19 está "controlada" na Europa, mas alertou para a contínua necessidade de as pessoas se vacinarem.
"Tecnicamente, ainda estamos em pandemia, apesar de os números de circulação do vírus terem recuado, e aguardamos dados mais atualizados, mas estamos cientes de que a situação na Europa está controlada, o que não acontece noutras regiões do mundo", disse hoje, em conferência de imprensa, Steffen Thirstrup, médico chefe da agência.
"É preciso que as pessoas se vacinem e revacinem" para que a taxa de circulação do vírus SARS-CoV-2 continue a baixar, sublinhou ainda.
Por seu lado, o chefe de Estratégia de Ameaças Biológicas para a Saúde e Vacinas da EMA, Marco Cavaleri, referiu que "os dados preliminares indicam que as vacinas adaptadas são mais eficazes contra as recentes variações do vírus", reiterando o apelo ao reforço da vacinação.
Cavaleri destacou ainda que, apesar dos esforços dos países europeus em campanhas de vacinação, "os números dos últimos seis meses são muito desapontantes".
A União Europeia tem no mercado sete vacinas contra a Covid-19 e várias terapêuticas contra o vírus, tendo a Comissão Europeia aprovado, também hoje, um contrato com a farmacêutica Pfizer para a compra conjunta do medicamento oral Paxlovid para doentes em risco de desenvolver doenças graves no quadro de uma infeção de Covid-19.
O presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública (ANMSP) acredita que a presença da pandemia em Portugal, neste momento, não causa gravidade.
Gustavo Tato Borges partilha da visão da EMA, afirmando que a Covid-19 "está calma e controlada", mas realça que, neste momento, o número de casos é muito superior aos que são conhecidos.
Por isso, o especialista pede que se continue a apostar na vacinação e nas medidas de prevenção.
O presidente da ANMSP indica ainda que "é expectável um aumento de casos e de transmissibilidade" até janeiro, altura em que se devem registar o pico da presença de vírus respiratórios.
[Notícia atualizada às 22h30]