02 dez, 2022 - 03:33 • Redação com Agências
Na sua mais recente comunicação ao país em vídeo, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, diz que quer assegurar a liberdade espiritual dos ucranianos.
“Todos os órgãos responsáveis por garantir a segurança nacional devem intensificar as medidas e combater as atividades subversivas dos serviços especiais russos no ambiente religioso na Ucrânia e aplicar sanções pessoais. Os apelidos vão ser divulgados em breve. Com estas e outras decisões, garantimos a independência espiritual da Ucrânia”, declara.
Na mesma comunicação, Zelensky especifica que “o Conselho de Segurança Nacional e de Defesa encarregou o Governo de propor à Verkhovna Rada (parlamento) um projeto-lei para tornar impossível as atividades na Ucrânia de organizações religiosas filiadas aos centros de influência na Rússia”.
Estas declarações surgem depois de, em novembro, terem sido realizadas operações de busca pelos serviços de segurança ucranianos no principal mosteiro de Kiev, a capital, e local de residência do primado da Igreja ortodoxa ucraniana, com a justificação de alegadas ligações com Moscovo.
Os serviços secretos ucranianos anunciaram também a confiscação de milhares de dólares e de literatura pró-russa.
Nesta mensagem vídeo, Zelenksy também assinala a passagem de mais um aniversário da Independência da Ucrânia, o Presidente do país promete manter total independência do Estado anunciando que não vai permitir “a criação de um novo império”, em solo ucraniano.
“O povo confirmou o Ato da Declaração da Independência da Ucrânia de forma livre e legal. Foi um referendo real, não uma imitação. Foi um referendo justo e reconhecido pela comunidade internacional. E foi importante que, não só políticos, mas a população, pusesse fim à história do império que foi construído com base em negar a vontade das pessoas. Já o conseguimos e vamos manter total independência do nosso Estado. Vamos manter, particularmente, a independência espiritual. Nunca permitiremos que alguém construa um império em solo ucraniano”, assegura Volodymyr Zelensky.
Nos Estados Unidos, o Presidente norte-americano, Joe Biden, abriu a porta a uma conversa com Vladimir Putin, se o presidente russo “demonstrar interesse em acabar com a guerra” na Ucrânia.
A posição foi conhecida, esta quinta-feira, na sequência de um encontro com o presidente francês, Emmanuel Macron, que anunciou uma conferência internacional para discutir a paz e o apoio à Ucrânia na época de inverno, a acontecer a 13 de dezembro, em Paris.