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Rússia

Armas nucleares? Putin admite usá-las, mas só em resposta a ataque inimigo

07 dez, 2022 - 18:43 • Lusa

Vladimir Putin reconhece que está a aumentar a probabilidade de uma guerra nuclear e garante que não cederá o seu arsenal a ninguém, nem sequer aos seus aliados.

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O Presidente russo, Vladimir Putin, admitiu quarta-feira que poderá utilizar armas nucleares, mas só "em resposta" a um eventual ataque inimigo desse tipo ao território da Rússia.

"Consideramos as armas de destruição maciça, as armas nucleares, um meio de defesa. [Utilizá-las] insere-se num contexto a que chamamos 'ataque de retaliação': se nos atacam, nós atacamos em resposta", declarou Putin numa reunião por videoconferência com membros do Conselho de Direitos Humanos ligado ao Kremlin (Presidência russa).

O chefe de Estado russo, que já várias vezes emitiu ameaças de utilização de armas nucleares desde que invadiu a vizinha Ucrânia, a 24 de fevereiro deste ano, disse esta quarta-feira que "em nenhuma circunstância" iniciará um ataque nuclear, ou seja, a Rússia nunca será a primeira a recorrer ao seu arsenal nuclear.

"A Rússia, em nenhuma circunstância, será a primeira a utilizá-las", declarou Putin na reunião transmitida pela televisão.

Ao mesmo tempo, o dirigente russo reconheceu que está a aumentar a probabilidade de uma guerra nuclear.

"A ameaça de uma guerra nuclear está a aumentar, para que havemos de iludir-nos?", observou.

Questionado sobre o envio de armas táticas norte-americanas para países europeus, Putin assegurou que a Rússia não cederá o seu arsenal a ninguém, nem sequer aos seus aliados.

"As armas nucleares norte-americanas encontram-se em grande quantidade em território europeu. Nós não enviámos as nossas armas nucleares a ninguém e não vamos fazê-lo", afirmou.

Putin garantiu igualmente que, em caso de necessidade, Moscovo defenderá os seus aliados "com todos os meios ao seu dispor".

O líder russo insistiu ainda que as armas nucleares do país se encontram num estado "mais avançado e moderno" que o arsenal de outras potências atómicas.

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  • De Moscovo
    07 dez, 2022 Nada de Novo 19:06
    Nada de novo: cada vez que tem problemas suplementares, Putin põe-se a falar nas armas nucleares e na ameaça dum guerra nuclear. Fê-lo quando o fluxo de armas para a Ucrânia começou, a ver se impedia esse envio, falhou. Fê-lo, quando o exército ucraniano já dotado de armamento moderno Ocidental, pôs em fuga o dito invencível exército russo, mas mudou de ideias quando os próprios aliados o avisaram contra isso e os "camones" deram a entender que afundariam a esquadra russa do Mar Negro, destruiriam as tropas russas em território Ucraniano e finalmente imporiam a zona de exclusão aérea sobra a Ucrânia, que a partir daí, estaria livre de conquistas russas. Nova falha, portanto. Fê-lo quando a opinião publica europeia, ao contrário do que ele esperava, continuou a apoiar a ajuda a Ucrânia, falhou outra vez. Fê-lo quando a Suécia e a Finlândia apresentaram candidatura à NATO, falhou estrondosamente na intimidação nuclear. Agora que começa a ser atacado no seu próprio território, vem outra vez e pela enésima vez, com a conversa do nuclear. E vai falhar como de costume, pois já todos perceberam que é mera retórica e ele não vai usar. E mesmo que tentasse, o mais certo era o Estado-Maior Russo, abatê-lo, do que cumprir essa ordem. Ou seja, não é para levar a sério, pois já se percebeu que não as vai usar.

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