16 dez, 2022 - 23:34 • Lusa
A atriz Angelina Jolie anunciou hoje que renunciou às suas funções de enviada especial do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), manifestando a intenção de continuar a apoiar os refugiados e as pessoas deslocadas.
Numa declaração conjunta com o ACNUR, a atriz refere que está empenhada "num conjunto mais vasto de questões humanitárias e de direitos humanos". .
"Numa altura em que o mundo enfrenta crises complexas, multifacetadas e interligadas, ela planeia envolver-se com um leque mais vasto de atores num conjunto mais amplo de questões humanitárias, bem como trabalhar mais diretamente com organizações locais", indica o comunicado do ACNUR.
Jolie trabalha com o ACNER desde 2001 e, em 2012, foi nomeada Enviada Especial.
" Neste papel crítico, ela usou a sua poderosa voz para criar consciência e apoio aos refugiados e para apelar a ações urgentes e soluções para as pessoas forçadas a fugir", prossegue a nota. .
A ACNUR recorda que, nos últimos 21 anos, Angelina Jolie "trabalhou incansavelmente, realizando mais de 60 missões de campo para testemunhar histórias de sofrimento, bem como de esperança e resiliência". .
"Mais recentemente, pormenoriza a nota, Jolie "viajou com o ACNUR para o Iémen e Burkina Faso, para se encontrar com pessoas deslocadas que sobrevivem a duas das emergências mais subfinanciadas e subdeclaradas do mundo". .
"Angelina Jolie tem sido uma importante parceira humanitária do ACNUR há muito tempo. Estamos gratos pelas suas décadas de serviço, pelo seu empenho, e pela diferença que fez para os refugiados e pessoas forçadas a fugir", prossegue o organismo das Nações Unidas. .
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, disse apreciar o desejo de Jolie mudar o seu compromisso e que apoia a sua decisão. .
"Sei que a causa dos refugiados permanecerá próxima do seu coração, e estou certo de que ela trará a mesma paixão e atenção a uma pasta humanitária mais vasta", afirmou.
Por seu lado, Jolie afirmou: "Estou grata pelo privilégio e oportunidade que tive de trabalhar com tantos oficiais de campo destacados e dedicados do ACNUR e outros colegas que fazem trabalho de salvamento de vidas a nível mundial e de servir como Enviada Especial". .
"Continuarei a fazer tudo o que estiver ao meu alcance nos próximos anos para apoiar os refugiados e outras pessoas deslocadas. Após 20 anos de trabalho dentro do sistema da ONU, sinto que é tempo de trabalhar de forma diferente, envolvendo-me diretamente com refugiados e organizações locais e apoiando a sua defesa de soluções", disse.