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Putin desloca-se à Bielorrússia sob receios de um intensificar da ofensiva na Ucrânia

19 dez, 2022 - 04:39 • Marisa Gonçalves com Agências

O Presidente russo realiza a sua primeira visita a Minsk nos últimos três anos. Desde a Ucrânia, Volodymyr Zelensky diz-se preparado para eventuais ataques a partir da fronteira com a Bielorrússia.

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Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin e da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, realizam uma reunião, esta segunda-feira, para discutir questões bilaterais e a guerra na Ucrânia, em Minsk.

De acordo com a agência de notícias russa Tass, esta é a primeira visita de Putin à Bielorrússia desde junho de 2019. Ambos os líderes mantêm contacto regular, no entanto, durante os últimos três anos, as negociações bilaterais têm conduzido Lukashenko a reuniões em solo russo.

O serviço de imprensa do Kremlin refere que o objetivo desta deslocação de Vladimir Putin é “discutir questões-chave no desenvolvimento das relações russo-bielorrussas de parceria estratégica, bem como questões prementes da agenda internacional e regional”.

O encontro desta segunda-feira faz aumentar os receios sobre um possível envolvimento da Bielorrússia, numa nova ofensiva russa na Ucrânia, no início de 2023.

Está prevista uma conferência de imprensa conjunta, no final da reunião.

Zelensky diz que Ucrânia está preparada para novos ataques

Na sua habitual mensagem em vídeo ao país, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, diz que a Ucrânia está a preparar-se para "todos os cenários de defesa possíveis", não afastando a possibilidade de novos ataques a partir da fronteira com a Bielorrússia.

“Estamos a preparar-nos para todos os cenários de defesa, independentemente de quaisquer tentativas de quem quer que seja, para avisar Minsk que isso não os ajuda de forma alguma, e para desfazer ideias tristes que sejam aplicadas durante esta guerra contra a Ucrânia e contra os ucranianos”, refere.

Zelensky afirma que “a proteção da fronteira quer com a Rússia quer com a Bielorrússia são uma constante prioridade” e aproveita para reforçar o pedido de mais armamento.

“Caros parceiros, ajudando-nos a defendermos os nossos céus, dando-nos sistemas modernos de defesa aérea, de forma rápida e em quantidade suficientes, podem privar um estado terrorista do seu principal instrumento de terror. Seria uma das ações mais fortes para se apressar o final da guerra”, alega.

O Presidente ucraniano irá contar, desde já, com um novo apoio militar por parte do Reino Unido.

O anúncio deverá ser feito, esta segunda-feira, em Riga, capital da Letónia onde o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, participará num encontro da Força Expedicionária Conjunta, que reúne doze países nórdicos, bálticos e do norte da Europa.

Segundo uma nota emitida por Downing Street, Rishi Sunak vai confirmar o fornecimento de centenas de milhares de projéteis de artilharia à Ucrânia, no âmbito de um contrato de cerca de 286 milhões de euros, como forma de “garantir o fluxo constante de munições de artilharia" durante 2023.

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  • Digo
    19 dez, 2022 Eu 11:09
    Uma medida de proteção era os Países aliados da NATO e amigos da Ucrânia, que fazem fronteira com a Bielorrússia, mandarem um "recado" ao gordo Lukaschenko que se ele se meter demasiado na cama com a Rússia, vai começar a enfrentar mais do que sanções. Ele que tire as conclusões devidas ...

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