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Guerra na Ucrânia

Situação "extremamente difícil" nos territórios sob controlo russo, diz Putin

20 dez, 2022 - 09:45 • Lusa

O chefe do Kremlin, ele próprio um ex-agente do serviço secreto soviético (KGB), pediu "concentração máxima" aos serviços de contraespionagem.

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O Presidente russo admite que a situação é "extremamente difícil" nas quatro regiões do sul e leste da Ucrânia cuja anexação é reivindicada por Moscovo, mesmo sem as ter conquistado totalmente.

"A situação nas Repúblicas Populares de Donetsk, Lugansk, bem como nas regiões de Kherson e Zaporíjia é extremamente difícil", disse Vladimir Putin.

As declarações constam de um vídeo destinado aos funcionários do Serviço de Segurança (FSB), Inteligência Estrangeira (SVR) e Proteção de Altos Funcionários (FSO), que celebram anualmente as suas "férias profissionais" em 20 de dezembro

Putin elogiou o trabalho dos membros dos serviços de segurança russos que operam nas "novas regiões da Rússia", garantindo que "as pessoas que lá vivem, os cidadãos russos", dependem da "proteção" destes serviços.

O chefe do Kremlin, ele próprio um ex-agente do serviço secreto soviético (KGB), pediu "concentração máxima" aos serviços de contraespionagem.

"É necessário reprimir severamente as ações dos serviços secretos estrangeiros e identificar efetivamente traidores, espiões e sabotadores", disse Vladimir Putin.

Em setembro, o presidente russo anunciou a anexação de quatro regiões ucranianas (Donetsk, Lugansk, Zaporíjia e Kherson) parcialmente controladas pelo exército russo, depois de terem realizado "referendos" locais denunciados como fictícios por Kiev e pelo Ocidente.

Contudo, em novembro a Ucrânia retomou Kherson, a capital da região com o mesmo nome, um grande revés para Moscovo, após uma contraofensiva de semanas e ações de guerrilheiros ucranianos atrás das linhas inimigas.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou pelo menos 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões de refugiados para países europeus, pelo que as Nações Unidas classificam esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

Comentários
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  • Digo
    20 dez, 2022 Eu 15:41
    Ainda não viste nem metade, Putin. Estás todo confiante na ofensiva de Primavera que estás a preparar, mas olha que os Ucranianos também se estão a preparar para ela. E o apoio Ocidental está a aumentar em vez de acabar, como tu querias. Essa ofensiva vai ter o mesmo destino da outra.
  • Ah, pois
    20 dez, 2022 Eurásia à moda de Putin 10:12
    Ei Putin, não queres fazer um "referendo" aqui em Lisboa, com os russos que cá vivem, e que até pode ser que queiram votar por tornar Lisboa russa? É que assim o plano da Eurásia de Lisboa a Vladivostok estava a "andar bem"... Agora mais a sério é preciso ter lata ou ser russo, para pensar que um referendo manipulado a quem ninguém reconhece validade, pode "integrar" num país invasor, uma superfície de território praticamente equivalente à Aústria e Suíça Juntas, território esse de outro País com fronteiras internacionalmente reconhecidas e que ainda por cima esse território dito "integrado", nem sequer é controlado militarmente na sua maior parte, pelo invasor. Mas claro, estamos a falar dum País que só é parado a tiro, como aconteceu quando ia todo lampeiro, a pensar em hastear a bandeira em Kiev em 3 dias... Quase 1 ano depois, ainda está a lutar nas fronteiras e praticamente reduzido a bombardeamentos a grande distância e a atacar populações civis, que quando ataca militares ucranianos, coleciona grandes sovas.

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