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Guerra na Ucrânia. Presidente da China pede à Rússia "contenção"

21 dez, 2022 - 11:07 • Lusa

Xi Jinping recebeu o ex-Presidente russo, Dmitri Medvedev, em Pequim.

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O Presidente chinês, Xi Jinping, manteve esta quarta-feira uma reunião em Pequim com o ex-Presidente russo Dimitri Medvedev, na qual pediu “moderação” e “diálogo” no conflito na Ucrânia, informou a agência Xinhua.

Dimitri Medvedev deslocou-se à China a convite do governante do Partido Comunista Chinês (PCC).

O Presidente do país asiático sublinhou que a China “sempre manteve uma posição objetiva e justa” em relação à guerra na Ucrânia e “promoveu conversações de paz”, ao mesmo tempo em que afirmou esperar que ambas as partes “resolvam as suas preocupações comuns no campo da segurança através de políticas”.

Ainda sobre o conflito na Ucrânia, o ex-Presidente russo destacou que “é muito complexo” e que o seu país está disposto a “resolver os problemas que enfrenta por meio de negociações de paz”.

Na reunião, o Presidente chinês manifestou a sua esperança de que os partidos que governam as duas potências — China e Rússia – “realizem um intercâmbio aprofundado sobre experiências de governação” e “aprendam uns com os outros” sobre o que implica a construção de um partido.

Da mesma forma, o líder chinês assegurou que as relações entre Moscovo e Pequim “têm resistido à prova das vicissitudes internacionais e sempre se desenvolveram de forma saudável e estável”.

Por sua vez, Medvedev, que também é vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, indicou que o seu partido quer “promover a cooperação de ambos os países em áreas como a economia, comércio, energia ou agricultura”.

No encontro entre os dois, Xi Jinping pediu a Dimitri Medvedev que transmitisse as suas “calorosas saudações e votos de felicidades” ao Presidente russo, Vladimir Putin.

A partir de hoje, Pequim e Moscovo realizam exercícios navais conjuntos nas águas do Mar da China Oriental, que durarão até 27 de dezembro.

Os exercícios, chamados de “Interação Naval” e que são realizados anualmente desde 2012, desta vez incluem tiro de artilharia e práticas de lançamento de mísseis, informou o Ministério da Defesa da Rússia.

Desde o início do conflito na Ucrânia, a China manteve uma posição ambígua durante a qual apelou ao respeito pela “integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, e atenção às “preocupações legítimas de todos os países”, em referência à Rússia.

Pequim declarou repetidamente a sua oposição às sanções contra Moscovo por “não terem base no direito internacional” e por “não resolverem os problemas”.

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  • Em cima do muro
    21 dez, 2022 Cair para que lado? 16:06
    A China continua em cima do muro, sem saber para que lado cair. Mas se servir para calar aquele idiota do Medvedev, já não estamos mal. O resto é a retórica russa habitual, com condições para começar conversações de "Paz", que o Kremlin sabe muito bem serem totalmente inaceitáveis tanto por Kiev, como pelo Ocidente. Até ver, serão as Armas a falar.

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