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Ucrânia. Ministro de Defesa turco admite dificuldades em parar a guerra

24 dez, 2022 - 16:59 • Lusa

A Rússia bombardeou este sábado a cidade de Kherson e matou oito civis e feriu 17, segundo as autoridades ucranianas.

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O ministro da Defesa turco, Hulusi Akar, admitiu este sábado dificuldades em pôr fim à guerra na Ucrânia, iniciada pela Rússia há 10 meses, e renovou um apelo para um cessar-fogo humanitário.

"Esta guerra não parece estar a terminar facilmente", afirmou Akar num encontro com a imprensa em Ancara, citado pela AFP.

A Turquia, que é membro da NATO, tem-se posicionado como um ator neutro e mediador no conflito entre os seus dois vizinhos no Mar Negro. Ancara, recorde-se, ajudou a alcançar um acordo com a ONU sobre a exportação de cereais ucranianos bloqueados nos portos do sul, acolheu um encontro entre os chefes diplomáticos russo e ucraniano, em março, e negociações entre os dois lados em Istambul.

"Não seria errado dizer que, apesar de toda a nossa boa vontade e apelos a um cessar-fogo, é provável que a guerra continue em 2023", afirmou o ministro turco.

Embora reconhecendo as dificuldades para pôr termo à guerra desencadeada com a invasão russa da Ucrânia, Hulusi Akar pediu que o processo comece com um cessar-fogo humanitário. "Apelamos para um cessar-fogo, pelo menos um cessar-fogo humanitário. Depois um cessar-fogo permanente e depois conversações de paz", afirmou.

A Rússia bombardeou este sábado a cidade de Kherson e matou oito civis e feriu 17, segundo as autoridades ucranianas.

A Rússia anunciou, em 30 de setembro, a anexação das regiões de Kherson, Zaporíjia, Donetsk e Lugansk, depois de já ter incorporado, em 2014, a península ucraniana da Crimeia. No caso de Donetsk e Lugansk, que constituem o Donbass, no leste da Ucrânia, forças separatistas apoiadas por Moscovo estavam em guerra com Kiev desde 2014.

Dias antes da invasão da Ucrânia, que lançou em 24 de fevereiro, há precisamente dez meses, a Rússia reconheceu a independência dos separatistas do Donbass e usou um pedido de auxílio das duas autoproclamadas repúblicas populares como uma das justificações para a operação militar.

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