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Guerra na Ucrânia

Putin disposto a negociar "soluções aceitáveis" para fim da guerra

25 dez, 2022 - 12:17 • Ricardo Vieira, com agências

Presidente russo, em entrevista natalícia, acusa Kiev e os aliados de rejeitarem o diálogo.

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O Presidente russo, Vladimir Putin, garante estar preparado para negociar com todas as partes envolvidas na guerra na Ucrânia, em “soluções aceitáveis”.

Em entrevista à televisão estatal Rossiya 1, Vladimir Putin acusa o governo ucraniano e os aliados de recusarem discutir a paz no Leste da Europa.

Estamos prontos a negociar com todos os envolvidos sobre soluções aceitáveis, mas isso é com eles - não somos nós que nos recusamos a negociar, são eles”, declarou o Presidente russo, na mesma semana em que a China apelou ao diálogo entre os dois blocos em confronto.

Putin não detalhou o que são “soluções aceitáveis”, mas o Kremlin tem vindo a defender que não vai abrir mão da península da Crimeia, anexada em 2014, e das regiões no Leste da Ucrânia.

Na entrevista divulgada este domingo, o Presidente russo defende a decisão de invadir a Ucrânia, a 24 de fevereiro.

A Rússia está no “caminho certo”, porque o Ocidente, liderado pelos Estados Unidos, está a tentar separar o país, argumentou.

"Acredito que estamos a ir na direção certa, estamos a defender os nossos interesses nacionais, os interesses dos nossos cidadãos, do nosso povo. E não temos outra escolha a não ser proteger nossos cidadãos", disse Putin.

2022. O ano da guerra que trouxe uma nova ordem mundial
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Questionado se o conflito geopolítico com o Ocidente está a escalar para um nível perigoso, o chefe de Estado russo respondeu: "Não considero que seja tão perigoso".

Vladimir Putin aproveitou depois para voltar a acusar o Ocidente de iniciar o conflito na Ucrânia, em 2014, com o derrube do Presidente pró-russo Viktor Yanukovyc, durante a revolta da praça de Maidan.

"Vamos resistir a este inverno"

Na mensagem de Natal, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, tentou transmitir esperança aos ucranianos numa da alturas mais duras da guerra, com bombardeamentos diários e ataques que estão deixar milhares de pessoas sem energia no pico do inverno.

Numa mensagem filmada no exterior, com uma árvore enfeitada como pano de fundo, Zelensky garante que as suas forças conseguirão "devolver a liberdade a todos os homens e mulheres ucranianos".

"Resistimos a ataques, ameaças, chantagem nuclear, terrorismo, ataques de mísseis. Vamos resistir a este inverno, pois sabemos aquilo por que lutamos", declara.

Zelensky destaca que os ucranianos estão a superar todas as expectativas e barreiras. Mesmo durante um Natal manchado pela guerra com a Rússia, o Presidente da Ucrânia acredita que é possível ser feliz.

"Mesmo na completa escuridão, encontrar-nos-emos uns aos outros para nos abraçarmos de forma apertada. E se não houver calor, ficaremos agarrados por muito tempo para nos aquecermos uns aos outros. Sorriremos e seremos felizes, como sempre. Há uma diferença: não esperaremos por um milagre, pois nós próprios estamos a criá-lo", assinala.

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  • Cidadao
    25 dez, 2022 Lisboa 13:42
    Se a Rússia recusa a retirada militar de território ucraniano, e pretende manter a Crimeia e as anexações ilegais que fez, não vejo o que haja para negociar. Uma Paz pôdre que seria quebrada por nova investida russa, tão logo redistribuísse e treinasse novas tropas? Um prémio ao invasor, cedendo territórios na extensão de metade da Itália, cheio de indústria e recursos mineiros avaliados em 140 000 milhões de Euros, sem contar com os ucranianos que lá vivem e não querem ser russos? Moscovo dizer que "quer negociar" é conversa para boi dormir. O que eles querem para já, é a aceitação do crime deles. Depois, virão buscar o resto uma vez que saíram a ganhar. De momento a única negociação que interessa é tornar a permanência russa em território ucraniano tão custosa que seja um péssimo negócio para a Rússia, lá se manter. E isso é com armas e ataques.

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