27 dez, 2022 - 22:40
Itália atribuiu ao navio humanitário “Ocean Viking”, da SOS Méditerranée, um porto seguro para desembarcar as 113 pessoas resgatadas naquela que foi a sua primeira operação após ter atracado em França em novembro, anunciou aquela organização humanitária.
O navio tomou a direção do porto de Ravena, no nordeste de Itália, designado pelas autoridades italianas como porto seguro, refere a SOS Méditerranée, num comunicado citado pela Agência France Presse, lamentando os "quatro longos dias de navegação" necessários para lá chegar.
De acordo com aquela organização não-governamental, os migrantes que seguem a bordo do navio, foram resgatados na noite de segunda-feira para hoje em águas internacionais, dependentes da zona de busca e salvamento de Malta, próximo da zona líbia.
"À medida que nos dirigimos para Norte, tememos que outras pessoas em perigo no mar não possam ser resgatadas", salientou a ONG, que tem sede em Marselha, no sudeste de França.
Segundo aquela organização, entre as pessoas resgatadas estão "23 mulheres, algumas das quais grávidas, cerca de trinta menores desacompanhados e três bebés, o mais novo com apenas três semanas".
Os migrantes seguiam num "barco pneumático preto sobrecarregado, em total escuridão".
Em meados de novembro, o Ocean Viking atracou em Toulon, no sudeste da França, com 230 migrantes resgatados entre a Líbia e a Itália, após ficar três semanas à deriva em busca de um porto seguro.
O Governo francês concordou receber o barco "em caráter excecional" após a recusa de Itália, situação que causou tensões diplomáticas entre os dois países.
Colocados numa "área de espera" fechada, a maioria dos sobreviventes foi libertada por ordem judicial, porque eram menores desacompanhados ou porque foram admitidos em França na condição de refugiados.