03 jan, 2023 - 19:32
A maioria dos Estados-membros da União Europeia é favorável a que sejam pedidos testes de Covid-19 a todos os viajantes procedentes da China, mesmo antes de saírem do país, como resposta ao pico de infeções no gigante asiático.
Estas são as ideias com que "concordaram" os especialistas dos Estados-membros na sua reunião desta terça-feira, como resumiu na rede social Twitter a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, após o encontro.
Nessa reunião, surgiu um debate sobre a necessidade de exigir aos passageiros procedentes da China testes de Covid-19 negativos que sejam inclusive realizados antes de estes saírem do país asiático, uma hipótese apoiada por uma "grande maioria" dos Estados-membros, indicou um porta-voz comunitário.
Em qualquer caso, o porta-voz sublinhou que as medidas que forem adotadas "deverão concentrar-se nos voos e aeroportos mais adequados e ser realizadas de forma coordenada para garantir a sua eficácia".
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O debate sobre esta matéria prosseguirá na quarta-feira, referiu a comissária cipriota, numa reunião do Grupo de Resposta Política Integrada a Crises (IPCR), em que participam representantes das instituições europeias, dos Estados-membros e outros especialistas, para a eventual tomada de decisões concretas.
"A unidade continua a ser o nosso principal instrumento contra a Covid-19", sustentou Kyriakides, depois de a Comissão Europeia, nos últimos tempos, ter sublinhado a necessidade de os Vinte e Sete coordenarem a sua resposta ao acentuado aumento das infeções na China.
Desde que foi tornado público o aumento dos casos de covid-19 no gigante asiático, diversos membros do bloco comunitário, entre os quais Espanha, reimpuseram o controlo de viajantes procedentes da China, embora outros, como a Bélgica, tenham optado por não exigir aos viajantes desse país a realização de um teste.
A reunião de hoje dos especialistas em Saúde dos Estados-membros coincidiu com a divulgação de um relatório do Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC) em que este organismo volta a concluir que a intensificação da pandemia de covid-19 na China não representa à partida um "desafio" para os países da UE, por se tratar das mesmas variantes que já circulam no continente e devido aos elevados índices de imunidade e vacinação.