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UE exige à Coreia do Norte que pare de alimentar "tensões militares"

03 jan, 2023 - 00:36 • Lusa

A Coreia do Norte lançou três novos mísseis balísticos de curto alcance no mar do Japão, também conhecido como mar do Leste, na manhã de sábado, um dia depois de Seul realizar com sucesso um lançamento espacial com combustível sólido.

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A União Europeia (UE) instou esta segunda-feira a Coreia do Norte a parar de alimentar "tensões militares" na região, na sequência do mais recente lançamento de mísseis balísticos e as incursões de 'drones' fora das suas fronteiras por Pyongyang.

"A violação contínua da Coreia [do Norte] das resoluções do Conselho de Segurança da ONU e declarações recentes indicando que pretende continuar com tais ações ilegais não ajudam o povo [norte-coreano]", sublinhou o porta-voz da diplomacia da UE, Peter Stano.

A Coreia do Norte lançou três novos mísseis balísticos de curto alcance no mar do Japão, também conhecido como mar do Leste, na manhã de sábado, um dia depois de Seul realizar com sucesso um lançamento espacial com combustível sólido.

Os disparos norte-coreanos seguiram-se igualmente à incursão com cinco 'drones' (aparelhos voadores não-tripulados) no espaço aéreo da Coreia do Sul no início da semana.

A incursão norte-coreana foi o primeiro incidente deste tipo em cinco anos e deu origem a um pedido de desculpas do ministro da Defesa de Seul pelo fracasso da sua Força Aérea, que não conseguiu abater um único desses 'drones', apesar da mobilização de caças para uma missão que durou cinco horas.

Pyongyang disparou cerca de 70 mísseis balísticos em 2022, incluindo oito mísseis balísticos intercontinentais (ICBM) e três mísseis de cruzeiro, de acordo com dados divulgados pela agência de notícias sul-coreana Yonhap na véspera de Ano Novo.

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, prometeu este domingo aumentar "exponencialmente" a produção de ogivas nucleares este ano.

Os meios de comunicação estatais norte-coreanos noticiaram que Kim instou a um aumento drástico do poder militar do país para proteger o interesse nacional, numa altura em que os Estados Unidos e seus aliados exercem mais pressão militar sobre a Coreia do Norte.

Citado pela agência oficial de notícias norte-coreana, Kim Jong-un afirmou que a Coreia do Norte se vê obrigada a aumentar "exponencialmente" o fabrico de ogivas nucleares para produzir armas nucleares táticas em massa.

A mesma fonte referiu que o dirigente norte-coreano ordenou a produção de um novo tipo de mísseis balísticos intercontinentais com capacidade de ataque retaliatório rápido e que Pyongyang lançará em breve o seu primeiro satélite de espionagem militar.

Tais declarações foram emitidas durante uma reunião do partido no poder no país.

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