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Guerra na Ucrânia

Portugueses entre europeus que rejeitam cedência de território por Kiev

17 jan, 2023 - 18:33 • Lusa

As autoridades ucranianas exigem a devolução dos territórios anexados como condição para negociar um acordo de paz com Moscovo. Essa condição faz parte do plano de paz do Presidente.

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Os portugueses estão entre os europeus que se opõem a que a Ucrânia prescinda de território para terminar a guerra com a Rússia, ao contrário do que pensam austríacos e alemães, segundo uma sondagem europeia.

O inquérito, realizado em dezembro em nove países da União Europeia (UE) pela rede Euroskopia, resultou num apoio de quase metade (48%) dos inquiridos a um fim rápido da guerra, mesmo que isso signifique que a Ucrânia abdique de partes do seu território.

Os resultados mostram que a Áustria (64%) é o país em que esta opção registou maior apoio, seguida de Alemanha (60%), Grécia (54%), Itália (50%) e Espanha (também 50%), segundo a Euroskopia no seu site, consultado esta terça-feira pela Lusa. Em Portugal, 45% dos inquiridos opuseram-se à ideia de a Ucrânia desista de partes do seu território para acabar a guerra que a Rússia iniciou há quase um ano, em 24 de fevereiro.

Também 48% dos cidadãos nos Países Baixos e 42% na Polónia rejeitaram essa hipótese, segundo a mesma fonte. O estudo foi realizado na Alemanha, Áustria, Espanha, França, Grécia, Itália, Países Baixos, Polónia e Portugal. Pelas informações disponibilizadas no site, foram inquiridos mil adultos em cada país, num total de 9.000 entrevistas.

A Euroskopia é uma rede de empresas de pesquisa de mercado europeias que tem a Pitagórica como parceira em Portugal.

Depois de ter anexado a Crimeia em 2014, a Rússia declarou, no final de setembro do ano passado, que as regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia passaram a fazer parte da Federação Russa. A anexação dos cinco territórios não foi reconhecida pela Ucrânia nem pela generalidade da comunidade internacional.

As autoridades de Kiev exigem a devolução dos territórios anexados como condição para negociar um acordo de paz com Moscovo. Essa condição faz parte de um plano de paz que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apresentou em novembro, ao participar numa cimeira do G20, o grupo que reúne as 19 economias mais desenvolvidas e a UE.

Desde então, Zelensky tem reafirmado que a questão da restauração da integridade territorial da Ucrânia não é negociável. Já Moscovo rejeitou tal condição para negociar o fim da guerra, argumentando que Kiev tem de aceitar as “realidades de hoje”, como lhe chamou o porta-voz do Kremlin (Presidência), Dmitri Peskov, em dezembro.

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  • Cidadao
    17 jan, 2023 Lisboa 19:07
    Era tão bom voltar para a "Paz do sofá" principalmente se fosse às custas dos outros (Ucrânia), não era? Por certo tendo obtido o que queria, o Putin ia passar a ser "um bom rapaz"... Se fosse possível com o apertar dum botão, desfazer essa visão de um futuro catastrófico, adoraria ver o que aconteceria se a Rússia saísse vitoriosa na Ucrânia (Lagarto, Lagarto): a Polónia, os Estados Bálticos, a Alemanha e a Europa central em pânico, e a gritar "SOCORRO!", para a América, cada vez que uma divisão russa se movimentasse na direção da fronteira europeia. E os "Camones" a responder: "Arranjem-se! Há muito que pedimos para aumentarem as despesas com a Defesa e vocês Europeus, sempre com desculpas e a adiar. Além disso temos a China à perna!". Esta canalha europeia está contente em arranjar uma "Paz Podre", principalmente se for às custas da Ucrânia. Sugiro que a Áustria, a Alemanha, a Grécia, a Itália e a Espanha, ofereçam território seu à Rússia para por fim à guerra. Estou certo que aceitarão de imediato "sacrificar-se " em prol da "PAZ". O que vale é que a Ucrânia lhes dá lições todos os dias e não desiste de lutar. Parecem aquele "engomadinho" do Neville chamberlain, primeiro-ministro Inglês antes e nos primeiros tempos da II Guerra, que para "acalmar" Hitler, ofereceu-lhe Angola e Moçambique. A ele e ao País dele, não "doía" oferecer o que (na altura) era dos outros, não era?

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