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Rússia vai pôr militares em regiões anexadas e perto da Finlândia

17 jan, 2023 - 12:20 • Lusa

Forças armadas russas contam atualmente com dois milhões de efetivos, dos quais 1.150.628 são militares.

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Vladimir Putin e ministro da Defesa, Sergei Shoigu 9MAIO2022 Foto: Maxim Shipenkov/EPA
Vladimir Putin e ministro da Defesa, Sergei Shoigu 9MAIO2022 Foto: Maxim Shipenkov/EPA
ministro russo da Defesa Sergei Shoigu e chefe de estado maior das forças armadas Valery Gerasimov Foto: Gavriil Grigorov/EPA
ministro russo da Defesa Sergei Shoigu e chefe de estado maior das forças armadas Valery Gerasimov Foto: Gavriil Grigorov/EPA
Rússia, ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu. Foto: Russian Defence Ministry Press Service/handout/EPA
Rússia, ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu. Foto: Russian Defence Ministry Press Service/handout/EPA

O ministro da Defesa da Rússia anunciou esta terça-feira um aumento do número de militares para 1,5 milhões, a criação de uma unidade do exército na fronteira com a Finlândia e agrupamentos nas regiões ucranianas anexadas.

"O Presidente russo, Vladimir Putin, decidiu aumentar o número de efetivos das forças armadas para 1,5 milhões de militares", afirmou Sergei Shoigu, numa reunião do seu ministério, alegando que "só é possível garantir a segurança militar do Estado e proteger novas entidades federadas e instalações críticas se se fortalecer as principais componentes estruturais das forças armadas".

Segundo a agência oficial russa TASS, as forças armadas russas contam atualmente com dois milhões de efetivos, dos quais 1.150.628 são militares.

O número de militares aumentou depois da entrada em vigor de um decreto de Vladimir Putin, a 01 de janeiro, que obrigou 137.000 pessoas a incorporar as forças armadas.

Shoigu sublinhou que vão acontecer, entre 2023 e 2026, "mudanças de grande escala na composição das forças armadas, [com] um aumento do número de militares e uma alteração na divisão militar-administrativa da Rússia".

Estas mudanças implicam a criação de dois novos distritos militares, em Moscovo e em Leninegrado, e de grupos de forças armadas nos territórios das "novas entidades constituintes" da Rússia, ou seja, nas regiões ucranianas de Kherson, Zaporijia, Donetsk e Lugansk, anexadas em setembro, adiantou o ministro.

Shoigu indicou que também será formado uma unidade de exército na República da Carélia, que faz fronteira com a Finlândia, três divisões de fuzileiros motorizados como parte das forças terrestres e duas divisões de assalto aéreo nas forças aerotransportadas.

Além disso, serão reorganizadas sete brigadas de fuzileiros motorizados dos distritos militares oeste, centro e leste e da frota do Norte e será reforçada a componente de combate da marinha, das forças aeroespaciais e das forças de mísseis estratégicos.

O ministro defendeu ainda que todas as medidas devem ser combinadas num plano integral para aumentar a composição e força do exército e estar sincronizadas com a entrega de armas e equipamentos militares e com a construção de infraestruturas.

O aumento do número de militares deverá ser conseguido sobretudo com a contratação de pessoas a contrato, referiu Shoigu.

Além disso, deve ser aumentado o número de campos de treino nos distritos militares e nas quatro regiões ucranianas anexadas para, entre outras coisas, desenvolver mais especialistas, disse.

O porta-voz da presidência russa (Kremlin), Dmitri Peskov, afirmou, por sua vez, que o aumento do número de efetivos do exército é uma consequência da "guerra por procuração" travada pelo "Ocidente no seu conjunto" contra a Rússia.

Esta "guerra por procuração", acrescentou, inclui elementos "económicos, financeiros e jurídicos" e conta com a "participação indireta" dos países ocidentais no confronto com a Rússia.

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  • Cidadao
    17 jan, 2023 Lisboa 15:55
    Se é para assustar a Finlândia, eles há 40 anos que se estão a preparar para uma invasão, e não têm medo de vocês. E depois de ver a organização e "eficácia" do "invencível Exército Russo", o Ocidente também não. Criem as regiões militares e os comandos que quiserem, Ivans. É caricato falar em criar centros de treino em regiões Ucranianas ilegalmente anexadas e que ainda por cima não controlam na totalidade. E quando chegar a totalidade dos 2 000 Milhões de dólares em armamento moderno e os soldados Ucranianos treinados para usar esse material, aí arriscam a não controlar é nada.

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