19 jan, 2023 - 16:10 • Joana Azevedo Viana
O ministro alemão das Finanças assegura que o país já não é dependente da Rússia para garantir a sua sustentabilidade energética, embora Berlim continue a importar gás e petróleo de outros países.
"A Alemanha diversificou completamente as suas infraestruturas de energia" na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro do ano passado, garantiu ontem Christian Lindner, no Fórum Económico Mundial, a decorrer em Davos, na Suíça.
"Sim, claro que a Alemanha continua dependente das importações de energia, mas hoje já não são importações da Rússia, são de mercados globais."
Até há alguns meses, a Alemanha importava cerca de metade do seu gás da Rússia, bem como dois terços do petróleo de que necessita. Em agosto, Moscovo cortou o fornecimento de gás a Berlim, que em janeiro deste ano respondeu com a suspensão das importações de petróleo russo.
Para assegurar as necessidades energéticas do país, a Alemanha decidiu nos últimos meses reabrir centrais a carvão e atrasar o encerramento previsto das suas três centrais nucleares. Ao mesmo tempo, tentou aumentar a capacidade de armazenamento do gás natural que continua a importar de países como a Noruega e os EUA.
"Este é apenas um exemplo das enormes mudanças nas políticas alemãs", indicou o ministro alemão, adiantando que estão previstos mais investimentos no setor energético este ano.