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Covid-19. China garante que pico de doentes críticos já passou

20 jan, 2023 - 09:04 • Lusa

Nas últimas semanas, o país registou cenas de grande pressão hospitalar e problemas no acesso a medicação.

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Cabine de testes à Covid-19 em Xangai, na China (janeiro 2023) Foto: Alex Plavevski/EPA
Cabine de testes à Covid-19 em Xangai, na China (janeiro 2023) Foto: Alex Plavevski/EPA
China, Covid-19, nova vaga. Foto: Wu Hao/EPA
China, Covid-19, nova vaga. Foto: Wu Hao/EPA

O número de doentes com sintomas graves de covid-19 internados nos hospitais chineses atingiu o pico no dia 05 de janeiro, disseram esta sexta-feira as autoridades de saúde do país, tendo caído mais de 40% desde então.

“O número de doentes com covid-19 em estado crítico nos hospitais atingiu o pico no dia 05 de janeiro e caiu 44,3%, até 17 de janeiro”, afirmou o diretor do Departamento de Emergências Médicas da Comissão Nacional de Saúde, Guo Yanhong, num comunicado publicado esta sexta-feira no portal oficial da agência.

O número de visitas aos departamentos de atendimento a pessoas com febre nas clínicas atingiu o pico no dia 23 de dezembro, segundo Guo, que acrescentou que o número deste tipo de consultas caiu 94%, entre essa data e 17 de janeiro.

Segundo o responsável, os centros de saúde estão atualmente a atender um número de pacientes semelhante ao registado antes do dia 07 de dezembro, quando Pequim começou a desmantelar a política de ‘zero covid’.

As salas de emergência dos hospitais do país asiático registaram o nível máximo de atividade no dia 02 de janeiro e o número de pacientes atendidos caiu 44%, em 17 de janeiro, face a esse pico, apontou Guo.

“A proporção de doentes com covid-19 no total de pacientes que visitam os hospitais tem diminuído gradualmente”, explicou o diretor, que acrescentou que 99,5% das consultas realizadas em 17 de janeiro foram realizadas a pessoas que não padecem de covid-19.

No caso dos doentes internados nas clínicas, 85% não estavam infetados com covid-19 nesse dia, informou o responsável.

Nas últimas semanas, o país registou cenas de grande pressão hospitalar e problemas no acesso a medicação. As autoridades foram criticadas pela súbita retirada das medidas de prevenção contra a covid-19, sem a preparação adequada.

O Conselho de Estado (Executivo) exortou, em meados de dezembro, as autoridades locais a dar prioridade aos serviços de saúde nas zonas rurais “para proteger a população”, apontando a “relativa escassez de recursos médicos” face ao elevado número de deslocações previstas durante o Ano Novo Lunar, que arranca hoje.

Trata-se da maior migração interna do planeta e coincide, este ano, com o fim da política de ‘zero casos’ de covid-19, que durante quase três anos restringiu o fluxo interno de pessoas no país.

Segundo um estudo recente da Universidade de Pequim, cerca de 900 milhões de pessoas contraíram já covid-19 na China, depois de o país ter desmantelado a política de ‘zero covid’, na sequência de protestos realizados em várias cidades do país.

A Comissão Nacional de Saúde da China anunciou, no último sábado, um total de 59.938 mortes, entre 08 de dezembro e 12 de janeiro deste ano.

O número de mortes diárias por covid-19 na China pode ascender a 36 mil, durante as férias do Ano Novo Lunar, segundo um estudo difundido na quarta-feira pela empresa britânica de análise da área da saúde Airfinity.

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