20 jan, 2023 - 22:55 • Lusa
O governo neerlandês confirmou hoje que vai entregar à Ucrânia peças do sistema de defesa antiaérea Patriot, numa altura em que os países ocidentais estão a aumentar a entrega de armas a Kiev.
"Trata-se de dois lançadores e de mísseis", realçou o Ministério da Defesa neerlandês em comunicado, confirmando a intenção manifestada pelo primeiro-ministro Mark Rutte, durante uma conferência de imprensa com o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Washington, na terça-feira.
O apoio resulta de um "projeto de colaboração com os Estados Unidos e a Alemanha", que diz respeito à "entrega conjunta de sistemas de defesa antiaérea Patriot à Ucrânia", especificou o governo neerlandês.
"Esta cooperação resulta do apelo urgente do Presidente ucraniano [Volodymyr] Zelensky" que "deseja meios de defesa aérea para que o seu país se possa defender dos contínuos ataques com mísseis e drones às cidades ucranianas", segundo a mesma fonte.
Os Países Baixos também vão assumir o treino de soldados ucranianos e fornecer 100 veículos com armas antiaéreas compradas à República Checa.
Os Estados Unidos anunciaram no final de dezembro o fornecimento de um sistema de defesa antiaérea Patriot para a Ucrânia, durante a visita de Zelensky a Washington. Berlim também se comprometeu a fornecer um desses sistemas em 05 de janeiro.
Os neerlandeses também anunciaram que se juntaram a um "grupo de países, incluindo a Alemanha", que estudam as possibilidades de fornecer tanques pesados a Kiev, incluindo treino.
Os aliados de Kiev não chegaram hoje a acordo sobre a entrega de tanques pesados, durante a reunião do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia em Ramstein, na Alemanha, apesar das pressões sobre o governo do chanceler Olaf Scholz, para que Berlim dê 'luz verde' para a cedência dos tanques de guerra Leopard 2, de fabrico alemão.
O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, não descartou o envio, mas indicou que não existe um parecer unânime sobre o destacamento de tanques Leopard 2, de fabrico alemão, que Kiev afirma precisar para combater as forças russas na região de Donbass (leste da Ucrânia), confirmaram fontes diplomáticas à agência noticiosa espanhola Europa Press.