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Kiev agrava lei polémica contra desobediência e deserção

25 jan, 2023 - 13:53 • Lusa

Uma petição contra a lei registou mais de 35 mil assinaturas.

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Volodymyr Zelensky em Kherson Foto: Oleg Petrasyuk/EPA
Volodymyr Zelensky em Kherson Foto: Oleg Petrasyuk/EPA
Zelensky. Imagem: Reuters
Zelensky. Imagem: Reuters
Volodymyr Zelensky Foto: Presidência da Ucrânia
Volodymyr Zelensky Foto: Presidência da Ucrânia
Volodymyr Zelensky. Foto: Serviço Presidencial da Ucrânia/Reuters
Volodymyr Zelensky. Foto: Serviço Presidencial da Ucrânia/Reuters

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, promulgou esta quarta-feira uma lei que agrava as penas por desobediência e deserção aplicadas aos militares no contexto da guerra, mas as medidas estão a ser criticadas por ativistas de direitos humanos.

De acordo com o texto publicado no portal do Parlamento da Ucrânia que tinha sido proposto no passado mês de dezembro, estão em causa questões como falta de obediência, ameaças às chefias militares, deserção, abandono do campo de batalha ou consumo de bebidas alcoólicas.

Assim, os soldados ucranianos podem ser condenados até 12 anos de prisão por deserção, até dez anos por desobediência ou por se recusarem a combater e até sete anos por ameaça a um oficial superior.

A nova legislação, que tem sido fortemente criticada, proíbe também a redução das penas a militares já condenados.

Durante a discussão no Parlamento, o texto foi criticado por defensores dos direitos humanos e várias organizações exortaram o Presidente a não aceitar as propostas.

A petição contra a lei e que foi enviada para o portal do presidente registou mais de 35 mil assinaturas.

"Em vez de agradecer aos militares que repeliram uma invasão russa de grande escala durante quase um ano e realizaram com êxito operações de libertação do território, recebemos penas de prisão por desacordos ou observações aos comandantes", acusam os peticionários.

A legislação foi apoiada pelo Chefe de Estado Maior ucraniano, Valery Zaloujny.

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