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CEO do TikTok ouvido no Congresso dos EUA em março

31 jan, 2023 - 13:04 • Redação

Revelação surge à medida que cresce o escrutínio dos EUA relativamente às políticas de segurança e privacidade da plataforma de vídeos chinesa.

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O presidente do TikTok, Shou Zi Chew, vai ser ouvido pelo Comité de Energia e Comércio do Congresso norte-americano em março, para responder sobre as políticas de privacidade e segurança da rede social.

A presença de Zi Chew no Congresso surge ao mesmo tempo que cresce o receio dos Estados Unidos sobre a aplicação e a forma como são partilhados os dados dos utilizadores dos EUA com o governo chinês.

Em comunicado enviado à Agência Reuters, a deputada Cathy McMorris Rodgers, que preside o comité, defendeu que “é conhecido que o TikTok, propriedade da ByteDance, permitiu que o Partido Comunista chinês tivesse acesso a dados de utilizadores norte-americanos”, acrescentando que os americanos merecem saber a forma como este acesso “afeta a sua privacidade e segurança dos dados”.

McMorris Rodgers procura também perceber o impacto da rede social junto dos utilizadores mais jovens, com o aumento do conteúdo impróprio e perigoso que circula na aplicação.

De acordo com o The Wall Street Journal, Shou Zi Chew irá comparecer no comité de forma voluntária e será a única testemunha na audiência, disse o porta-voz do TikTok. No entanto, o porta-voz assegura que “não há verdade na afirmação da deputada McMorris Rodgers de que o TikTok disponibilizou os dados de utilizadores dos EUA para o Partido Comunista Chinês”. Acrescenta ainda que “o Partido Comunista Chinês não tem o controlo direto nem indireto da ByteDance ou do TikTok”.

A empresa agradece a oportunidade dada para esclarecer as afirmações sobre a rede social e os compromissos que assumem “para abordar as preocupações sobre a segurança nacional dos EUA”, disse o porta-voz.

O Comité de Relações Exteriores da Câmara dos Estados Unidos planeia realizar uma votação no próximo mês sobre um projeto de lei que visa bloquear o uso do TikTok no país – onde a rede tem mais de 100 milhões de utilizadores – declarando questões de segurança nacional.

Também no início de janeiro a Comissão Europeia ameaçou proibir utilização do TikTok na União Europeia, alegando a preocupação com o conteúdo considerado perigoso que tem crescido na plataforma.

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