03 fev, 2023 - 03:44 • Redação com Lusa
Os Estados Unidos vão aceder ao pedido de Kiev e enviar mísseis de longo alcance para a Ucrânia, que prepara uma ofensiva na primavera para recuperar o território conquistado pela Rússia no ano passado, revelaram esta quinta-feira autoridades norte-americanas.
Estas novas armas terão aproximadamente o dobro do alcance de qualquer outro armamento ofensivo fornecido pelos norte-americanos a Kiev, noticiou a agência Associated Press (AP).
O governo liderado por Joe Biden irá fornecer bombas de pequeno diâmetro lançadas desde o solo, como parte de um pacote de ajuda de 2,17 mil milhões de dólares (cerca de 2 mil milhões de euros) que deve ser anunciado esta sexta-feira, segundo várias autoridades norte-americanas.
O pacote militar também incluirá pela primeira vez equipamentos para conectar todos os diferentes sistemas de defesa aérea que os aliados ocidentais entregaram a Kiev, que permitirá integrá-los às próprias defesas aéreas ucranianas, para ajudar a defender melhor os contínuos ataques de mísseis da Rússia.
Durante meses, as autoridades norte-americanas hesitaram em enviar sistemas de longo alcance à Ucrânia, com receio que fossem utilizados para atingir território russo, aumentando o conflito e atraindo os EUA para a guerra.
As fontes citadas pela AP garantem, no entanto, que os EUA continuam a rejeitar os pedidos de Kiev para o envio de aviões de combate F-16.
Este armamento tem um alcance de 150 quilómetros, sendo que atualmente o míssil de maior alcance fornecido pelos EUA tem cerca de 80 quilómetros.
Além do número deste material militar, também não ficou claro esta quinta-feira quanto tempo levará para chegar ao campo de batalha.
A informação revelada pelas autoridades norte-americanas à Associated Press e que vem no mesmo sentido de uma outra notícia divulgada, já esta semana, pela agência Reuters.
A confirmar-se o anúncio para esta sexta-feira, irá coincidir com a realização da 24ª cimeira entre a União Europeia e a Ucrânia, em Kiev.
O processo de adesão da Ucrânia ao bloco europeu e a resposta à invasão russa do território ucraniano vão ser temas em discussão.