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EUA fecha espaço aéreo do Montana devido a "anomalia de radar"

12 fev, 2023 - 10:21 • Lusa

Comando de Defesa Aeroespacial Norte-Americano enviou caças para investigar.

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A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) dos EUA anunciou ter fechado durante mais de uma hora o espaço aéreo do estado de Montana (oeste) após ter detetado uma "anomalia de radar".

"A FAA fechou uma parte do espaço aéreo em Montana para apoiar as operações do Departamento de Defesa. O espaço aéreo foi reaberto", disse o órgão regulador da aviação civil norte-americano, num comunicado.

O Comando de Defesa Aeroespacial Norte-Americano (NORAD, na sigla em inglês) disse mais tarde que o encerramento do espaço aéreo, que durou pouco mais de uma hora, ocorreu depois de ter detetado "uma anomalia de radar".

O NORAD disse ter enviado caças para investigar, mas os aviões de combate não identificaram qualquer objeto correspondente aos sinais do radar.

O encerramento do espaço aéreo de Montana surgiu horas depois do NORAD ter abatido um objeto voador não identificado a grande altitude, no norte do Canadá, repetindo uma ação semelhante dos EUA, na sexta-feira.

"Ordenei o abate de um objeto não identificado que violou o espaço aéreo do Canadá. O NORAD abateu o objeto no espaço aéreo do Yukon, a Força Aérea do Canadá e dos EUA juntaram-se, e um F-22 norte-americano disparou com sucesso contra o objeto", escreveu o primeiro-ministro do Canadá, na rede social Twitter.

Numa segunda mensagem, citada pela agência de notícias Associated Press, Justin Trudeau acrescentou: "As forças armadas canadianas vão agora recolher e analisar os destroços do objeto".

Numa conferência de imprensa, a ministra da Defesa canadiana confirmou que o Canadá mandou abater o pequeno objeto "cilíndrico" que sobrevoava o país a cerca de 12 mil metros de altitude por representar uma ameaça para a aviação civil.

Anita Anand acrescentou que o objeto foi abatido às 15h41 (20h41 de sábado em Lisboa), na área central de Yukon, a cerca de 160 quilómetros da fronteira com os Estados Unidos.

A ministra admitiu que o objeto parecia ser semelhante, embora menor, a um alegado balão espião chinês que passou quase uma semana a sobrevoar o espaço aéreo norte-americano e canadiano antes ser abatido por aviões norte-americanos, em 4 de fevereiro.

"Não seria prudente eu especular sobre a origem do objeto neste momento", explicou Anand.

Embora o objeto tenha sido detetado horas antes de ser abatido, a falta de luz do dia, que permitiria uma identificação visual, fez com que as autoridades canadianas esperassem antes de dar ordem para a sua neutralização.

Este foi o terceiro objeto voador não identificado a violar o espaço aéreo da América do Norte no espaço de duas semanas.

Os militares norte-americanos abateram um segundo objeto no espaço aéreo do Alasca na sexta-feira, mas as autoridades não deram detalhes sobre o tipo de objeto voador abatido.

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