13 fev, 2023 - 03:31 • Redação com Lusa
A Força Aérea dos Estados Unidos da América (EUA) abateu, este domingo, mais um objeto voador não identificado, o terceiro em três dias, desta vez no norte do país, por precaução e sem haver ameaça a nível terrestre.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, ordenou o abate do objeto "por precaução" e várias fontes militares, citadas por agências internacionais, garantiram que a ação deste objeto ainda por identificar não apresentava qualquer ameaça ao nível terrestre.
O objeto voador abatido é o terceiro em três dias, depois de outros dois terem sido estilhaçados no espaço aéreo da América do Norte, um sobre o Alasca, e outro no Canadá, a que se junta um outro, maior e alegadamente de origem chinesa.
Em comunicado, o Departamento de Defesa dos EUA refere que os militares norte-americanos derrubaram um objeto “com potenciais capacidades de vigilância”, segundo a ordem determinada pelo Presidente Joe Biden.
Não são conhecidos mais detalhes sobre este objeto e há pouca informação sobre os últimos dois que foram derrubados na sexta-feira e no sábado, quando ainda se tentam recuperar os destroços, mas o líder democrata no Senado, Chuck Summer, disse que as autoridades acreditam que ambos são balões, mas mais pequenos que o alegado balão espião chinês intercetado na semana passada.
O facto de voarem a 12 mil metros de altitude representava um "perigo" para a aviação comercial, argumentou o senador.
O objeto abatido no sábado por cima da região de Yukon, no Canadá, foi descrito por duas fontes norte-americanas citadas pela agência Associated Press (AP) como bastante mais pequeno que o balão abatido em 04 de fevereiro, que tinha o tamanho de três autocarros, e o objeto abatido na sexta-feira nos céus do Alasca era mais cilíndrico, sendo descrito como uma espécie de aeronave.
De acordo com estes dois oficiais militares norte-americanos que falaram à AP sob anonimato, os dois mais recentes objetos voadores abatidos eram bem mais pequenos que o alegado balão espião chinês, eram também de aparência diferente e voavam a uma altitude mais baixa, não parecendo fazer parte dos aviões ou aeronaves chineses de vigilância que os EUA dizem que operavam em mais de 40 países pelo menos desde o tempo da presidência de Donald Trump, entre 2017 e 2021.
A deteção e abate destas aeronaves acontece no meio de uma crise diplomática entre Washington e Pequim, com os EUA a acusarem a China de desenvolver um programa de balões espiões que já sobrevoaram mais de 40 países em cinco continentes.
A China, por seu lado, diz que o balão derrubado pelos Estados Unidos era um aparelho meteorológico que se desviou do rumo original por razões de força maior.