16 fev, 2023 - 10:45 • Pedro Valente Lima
O TikTok diz ter retirado, entre 8 e 15 de janeiro, mais de dez mil conteúdos relacionados com a invasão em Brasília.
Em comunicado publicado no site, a rede social explica toda a linha de ação adotada relativamente ao cenário político no Brasil, especialmente desde as eleições presidenciais de outubro e novembro do ano passado.
No que toca a conteúdos relacionados com o ataque aos Três Poderes, levado a cabo por apoiantes de Bolsonaro, o TikTok aponta para a remoção de 1.304 vídeos "que violavam a política de extremismo violento", a qual engloba "ameaças e incitação à violência, bem como a promoção do terrorismo".
No mesmo período de 8 a 15 de janeiro, a plataforma excluiu ainda 5.519 conteúdos por transgressão da "política de desinformação com riscos de danos no mundo real" e 3.614 vídeos, que colidiam com a "política de desinformação sobre eleições".
Ainda sobre a invasão em Brasília, o TikTok confirma ter recebido duas ordens judiciais, do Supremo Tribunal Federal, que determinaram a remoção de cinco links.
Em ano de eleições no Brasil, a rede social afirma ter colaborado diretamente com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao longo de 2022, de maneira a supervisionar conteúdos que violassem a política de "proteção da integridade de eleições".
A parceria visou o desenvolvimento do "Guia de Eleições 2022" e, sobretudo, a criação de um canal exclusivo entre ambas as entidades. Através dessa via "extrajudicial", entre 15 de fevereiro e 31 de dezembro de 2022, o TSE enviou 128 links para análise, dos quais o TikTok excluiu 106 (82,8%).
Já sobre o momento concreto do ato eleitoral, a rede social diz ter atuado "de forma rápida" para "remover conteúdo falso" que indicasse ser impossível "verificar, validar ou aceitar o resultado da eleição".
No total, entre 16 de agosto e 31 de dezembro de 2022, o TikTok diz ter removido 66.020 vídeos com desinformação, "dos quais 91,1% foram detetados proativamente e 79% foram removidos sem que tivessem uma única visualização".
A rede social confirma ainda estar a cumprir todas as 90 ordens judiciais que recebeu até ao final do ano passado e "que determinaram a remoção de 222 links".