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Aumenta o número de crianças em áreas de conflito. Iémen é o pior país para os mais novos

02 mar, 2023 - 11:01 • Olímpia Mairos

Organização não-governamental apela à comunidade internacional para “fomentar momentos de tréguas em todas as áreas de conflito, suspender a comercialização de armas aos países em conflito e garantir que o direito internacional seja respeitado, especialmente os direitos das crianças”.

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Quase 450 milhões de crianças - uma em cada seis - viviam numa área de conflito em 2021, o que representa um aumento de 9%, em relação ao ano anterior. A pior situação é registada no Médio Oriente, onde uma em cada três crianças vive em áreas perigosas.

De acordo com o Relatório “The forgotten ones”, (Os esquecidos), divulgado pela organização não-governamental “Save the Children”, o pior país para as crianças é o Iémen, onde “entre março de 2015 e setembro de 2021, houve 23 mil atentados à bomba no país, cerca de 10 por dia, matando ou ferindo 18 mil civis”.

Neste país, indica o relatório, as necessidades humanitárias continuam a aumentar, com mais de 20 milhões de pessoas a precisar de assistência, e escasseiam as estruturas educacionais.

De acordo com Filippo Ungaro, porta-voz de Save the Children Itália, em declarações ao Vatican News, muitas das escolas “foram danificadas, destruídas ou usadas para outros fins, por exemplo como centros militares e bases militares”.

“A proteção e os programas certos devem ser assegurados no país para permitir às crianças uma vida decente e digna, que compreenda acima de tudo a educação e a recuperação psicológica”, defende.

22 crianças mortas ou feridas por dia nas áreas de conflito

Os números apresentados pela Save the Children mostram que “num ano, mais de 8 mil crianças morreram ou foram mutiladas, uma média de 22 por dia”.

O maior número de crianças feridas em conflitos vive na África, onde há 180 milhões. Afeganistão, Somália e Síria estão entre os dez piores países para as crianças viverem”, assinala o relatório, que, ainda, não inclui a situação na Ucrânia.

A organização não-governamental apela, por isso, à comunidade internacional para “fomentar momentos de tréguas em todas as áreas de conflito, suspender a comercialização de armas aos países em conflito e garantir que o direito internacional seja respeitado, especialmente os direitos das crianças”.

Segundo o relatório, as crianças continuam a sofrer seis graves violações em zonas de guerra: assassinatos, mutilação, recrutamento e uso por parte de forças e grupos armados, sequestro, violação e outras formas de violência sexual, negação de acesso humanitário e ataques a escolas e hospitais.

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