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Soldados ucranianos terão entrado em terreno russo, acusa Kremlin

02 mar, 2023 - 12:06 • Daniela Espírito Santo

Quem o garante é o Kremlin, que fala em "ataque terrorista".

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O Kremlin acusou, esta quinta-feira, o exército ucraniano de ter feito uma incursão em duas aldeias russas na região fronteiriça de Bryansk. Um grupo de soldados ucranianos terá entrado em terreno russo na fronteira norte com a Ucrânia, naquilo que o porta-voz do governo de Putin considera um "ataque terrorista".

"Isto é um ataque levado a cabo por terroristas. Estão já em curso medidas para eliminar estes terroristas", diz o porta-voz presidencial, Dmitry Peskov, citado pela agência noticiosa russa TASS.

A mesma agência adianta que a incursão terá acontecido esta manhã. Os serviços federais de segurança russos confirmaram que uma operação estava a ser levada a cabo para "eliminar os inflitrados na fronteira". Uma pessoa terá morrido e outra ficou ferida naquilo que a agência oficial russa apelida de "ataque de sabotadores ucranianos".

O Presidente russo, Vladimir Putin, cancelou uma viagem a Stavropol na sequência deste incidente.

As autoridades ucranianas dizem que não têm conhecimento da alegada entrada de soldados ucranianos na Rússia, avança a televisão pública daquele país, Suspilne.

O Serviço de Fronteiras da Ucrânia lembra que as “forças militares da Rússia podem recorrer a provocações de forma a descredibilizar as Forças de Defesa” da Ucrânia.

Blinken e Lavrov juntos por dez minutos

Também esta quinta-feira Antony Blinken e Sergey Lavrov encontraram-se brevemente à margem do encontro dos ministros dos Negócios Estrangeiros das Nações do chamado G20, que decorre em Nova Deli, Índia.

O encontro não planeado terá durado cerca de dez minutos e já foi confirmado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, via Interfax. A mesma fonte adiantou que nenhum acordo foi atingido nesse curto espaço de tempo. Já o New York Times adianta que o representante norte-americano terá usado este encontro para, entre outros assuntos, pedir a libertação de Paul Whelan, detido na Rússia. O apoio à Ucrânia foi, naturalmente, outro ponto abordado, bem como a saída do Kremlin do tratado nuclear New Start.


Notícia atualizada às 14h48, com atualização da reação ucraniana

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  • Cidadao
    02 mar, 2023 Lisboa 15:42
    Uma operação de "falsa bandeira" destinada a puxar pelo "patrioteirismo russo" e talvez a apalpar o pulso para uma declaração formal de guerra à Ucrânia - como se até agora tivesse sido uma paródia - que permita declarar uma mobilização geral onde corpos haverá muitos, armas é que nem tanto ...

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