13 mar, 2023 - 12:58 • Lusa
A autoridade máxima do setor judiciário do Irão, Gholamhossein Mohseni Ejehi, anunciou esta segunda-feira que 22 mil pessoas detidas no âmbito dos recentes protestos na República Islâmica foram perdoadas.
O número foi avançado hoje pela agência de notícias estatal IRNA, citando Gholamhossein Mohseni Ejehi, mas não foi possível confirmá-lo de forma independente.
A imprensa iraniana controlada pelo Estado já tinha, no entanto, sugerido que o líder supremo, o 'ayatollah' Ali Khamenei, poderia perdoar muitos dos que participaram, no final do ano passado, em manifestações de protesto, como forma de marcar o início do mês de jejum sagrado muçulmano do Ramadão, que começa no próximo dia 22.
Os protestos começaram em setembro de 202, depois da morte da jovem curda Mahsa Amini após ser detida pela chamada polícia da moralidade por alegadamente usar de forma inadequada o véu islâmico ('hijad').
A onda de protestos -- sem precedentes desde a Revolução Islâmica de 1979 -- visou todo o rígido código de vestuário feminino e durou quase três meses, durante os quais morreram mais de 400 pessoas e foram detidas mais de 20 mil.