19 mar, 2023 - 11:37 • Lusa com redação
Um forte sismo atingiu este sábado o sul do Equador e o norte do Peru causando, pelo menos, 15 mortos e mais de 300 feridos e deixando pessoas debaixo dos escombros de edifícios que ruíram.
O instituto geológico dos EUA (United States Geological Survey, USGS), que regista a atividade sísmica em todo o mundo, disse que o sismo teve uma magnitude de cerca de 6,8 na escala de Richter, com epicentro a cerca de 80 quilómetros a sul de Guayaquil, a segunda maior cidade do Equador.
A presidência do Equador adiantou que morreram, pelo menos, 14 pessoas, incluindo 12 no estado costeiro de El Oro e duas no estado montanhoso de Azuay, no sudeste do país.
Na comunidade andina de Cuenca, em Azuay, morreu o passageiro de um veículo que ficou esmagado pelos escombros de uma casa, segundo o Secretariado de Gestão de Riscos, a agência de resposta a emergências do Equador.
O Secretariado de Gestão de Riscos equatoriano revelou dar conta de 446 feridos até ao momento, sobretudo na região de El Pasaje, em El Oro, onde várias pessoas ficaram presas debaixo de escombros.
A mesma fonte governamental avançou que 84 casas foram destruídas e que o abalo danificou ainda outras 180 habitações, 80 escolas e 33 centros de saúde, além de cinco pontes e vários edifícios públicos e privados.
No Peru, o terramoto foi sentido desde a fronteira norte com o Equador até à costa central do Pacífico.
O primeiro-ministro peruano, Alberto Otárola, anunciou que uma menina de 4 anos morreu devido a um traumatismo craniano, que sofreu na sequência do desabamento de uma casa na região de Tumbes, na fronteira com o Equador.
O Centro Nacional de Operações de Emergência do Peru confirmou também a existência de pelo menos 19 pessoas feridas e outras 73 afetadas pelo terremoto.
O sismo destruiu quatro casas no Peru, deixou outras cinco sem condições de habitabilidade e danificou mais 72 residências, assim como dois centros de saúde.
Na comunidade de Machala, no sudoeste do Equador, uma casa de dois andares desabou antes que as pessoas pudessem ser retiradas, um cais cedeu e as paredes de um edifício racharam, disse o Secretariado de Gestão de Riscos.
A agência referiu ainda a existência de falhas na eletricidade e na rede telefónica, tornando mais difícil as operações de salvamento realizadas pelos bombeiros e Polícia Nacional.
Em Guayaquil, cerca de 270 quilómetros a sudoeste da capital equatoriana, Quito, as autoridades relataram fissuras em edifícios e casas, bem como algumas paredes desmoronadas. As autoridades ordenaram o encerramento de três túneis de veículos.
O Equador é particularmente propenso a terramotos. Em 2016, um terramoto centrado mais a norte na costa do Pacífico, numa área do país menos povoada, matou mais de 600 pessoas.