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Guerra na Ucrânia

Stoltenberg: "Putin queria menos NATO e acabou a ter o oposto"

21 mar, 2023 - 14:13 • Joana Azevedo Viana com Reuters

No segundo de três dias de encontros de Xi Jinping com autoridades russas em Moscovo, secretário-geral da NATO deixa aviso à China contra o fornecimento de armas letais à Rússia, o equivalente a "apoiar uma guerra ilegal".

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O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, avisou esta terça-feira a China contra o potencial fornecimento de armas letais à Rússia, no segundo de três dias de encontros entre o Presidente chinês, Xi Jinping, e as autoridades russas em Moscovo.

"Não vimos nenhuma prova de que a China esteja a entregar armas letais à Rússia, mas temos visto alguns sinais de que um pedido foi feito pela Rússia e de que este é um assunto a ser considerado em Pequim pelas autoridades chinesas", declarou Stoltenberg aos jornalistas em Bruxelas.

"A China não deve fornecer armamento à Rússia, isso corresponderia a apoiar uma guerra ilegal", avisou o secretário-geral da NATO.

Nas mesmas declarações aos jornalistas, Stoltenbeg também destacou que o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, acabou por obter o oposto do que pretendia com a invasão da Ucrânia a 24 de fevereiro de 2021: mais NATO.

"O Presidente Putin cometeu um grave erro estratégico ao invadir a Ucrânia. Esperava que Kiev caísse em poucos dias e toda a Ucrânia em semanas, mas subestimou a resistência de aço do povo ucraniano. Achou que conseguiria quebrar a unidade da NATO, mas os aliados estão fortes e unidos e estão a fornecer um apoio sem precedentes à Ucrânia. Queria menos NATO e conseguiu exatamente o oposto, mais NATO."

Sobre o alargamento da aliança atlântica, um dia depois de a organização ter abandonado as pretensões de uma adesão simultânea da Finlândia e da Suécia, Stoltenberg disse que o mais importante é que ambas se tornem Estados-membros de plenos direitos.

"O mais importante é que tanto a Finlândia quanto a Suécia se tornem membros de pleno direito da NATO rapidamente, mesmo que não se juntem exatamente ao mesmo tempo."

Depois de a Turquia ter desbloqueado a adesão da Finlâdia, o secretário-geral da NATO promete "continuar a trabalhar arduamente para que a Suécia se torne um membro de pleno direito o mais rápido possível, porque a adesão da Finlândia e da Suécia torná-los-á mais seguros, a nossa aliança mais forte e demonstrar assim que a porta da NATO permanece aberta".

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