Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Guerra na Ucrânia

Viktor Orbán. UE está pronta para discutir envio de “forças de paz” à Ucrânia

31 mar, 2023 - 10:34 • Maria Costa Lopes com Reuters

O nacionalista, Viktor Orban, disse que a Europa está "indiretamente em guerra com a Rússia", já que vários países europeus prometem enviar tanques de guerra para ajudar a Ucrânia a combater a invasão Russa.

A+ / A-

Os países da União Europeia (UE) já estão perto de discutir o envio de "forças de paz" para a Ucrânia, anunciou o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, na rádio Kossuth, no sábado.

“Nas conversas entre os líderes europeus, a questão de enviar tropas dos estados membros da União Europeia para manter a paz na Ucrânia tornou-se legítima e aceite. Estamos perto dessa fronteira antes intransponível”, afirmou na radio nacional.

Orbán disse que a Europa está "indiretamente em guerra com a Rússia", já que vários países europeus prometem enviar tanques de guerra para ajudar a Ucrânia a combater a invasão Russa.

O nacionalista Viktor Orbán, reeleito em 2022 para um quarto mandato consecutivo, reiterou que ser um membro da NATO é "vital" para a Hungria, mas disse que o governo húngaro não enviará armas à Ucrânia nem romperá suas relações económicas com Moscovo.

Orbán, que se encontrou pela última vez com o presidente russo, Vladimir Putin, apenas três semanas antes de a Rússia invadir a Ucrânia a 1 de fevereiro, projetou que a guerra poderia arrastar-se durante vários anos.

"A Europa está a entrar na guerra neste momento, está num equilíbrio perigoso", disse ele aos seus apoiantes num discurso. "Na verdade, já estão indiretamente em guerra com a Rússia."

"Começou com capacetes... agora estamos a enviar tanques, e caças estão na agenda, e não falta muito para ouvirmos falar das chamadas tropas de manutenção da paz", reiterou o governante húngaro.

O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, disse no início desta semana que as nações ocidentais prometeram 48 tanques Leopard 2 para Kiev.

Orban disse que a posição da Polónia e dos estados bálticos em relação à guerra é compreensível, mas alegou que o conflito poder-se-ia ter desenrolado de forma diferente se tivesse sido dada uma garantia de que a Ucrânia não seria admitida na NATO. Também voltou a criticar as sanções da UE por prejudicar a economia húngara.

"Há um ano, quando a Rússia lançou um ataque, o Ocidente não isolou o conflito, elevou-o a um nível europeu. Poderia tê-lo tratado como uma guerra local ou como um conflito militar entre duas nações eslavas como sugeriu a Hungria", disse Orban.

"O que aconteceu é outro argumento contra o superestado de Bruxelas e a favor de estados-nação fortes", acrescentou, antes de voltar o seu discurso para a saúde da economia húngara.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Cidadao
    31 mar, 2023 Lisboa 10:34
    Desde quando um estado soberano não pode decidir livremente da sua política externa, e se quer ou não entrar na NATO? Não entra na NATO porque a Rússia não quer, e em caso contrário, a Rússia invade? Temos de dar garantias aos estupores russos, que isso nunca acontecerá? Tratar a criminosa invasão russa como um "conflito local entre 2 estados" deixando a UE - que seria a próxima a ser invadida - à margem do conflito? Estavas bêbado quando disseste isto ou quê, Órban? Não, estava "o quê". Este tipo é um defensor da Rússia e do Putin desde o primeiro momento e indigno de estar na NATO. Joga mais a favor da Rússia que do Ocidente, apesar dos apoios que "mama" da UE e com os quais se dedica a fazer chantagens. Se não é possível correr com ele, pelo menos não lhe entreguem segredos vitais: acabam todos na secretária do Putin.

Destaques V+