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12.º dia de protestos em França. "O governo não recua, temos de insistir"

13 abr, 2023 - 16:16 • Diogo Camilo e Stefanie Palma, correspondente em França

A professora Matilde Barahona queixa-se da “injustiça” do aumento da idade de reforma de 62 para 64 anos, considerando que o problema é "essencialmente político".

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França cumpre esta quinta-feira o seu 12.º de protestos contra o aumento da idade para a reforma. Nas ruas de Paris estão, segundo sindicatos, mais de 400 mil pessoas.

Ouvida pela Renascença, uma professora portuguesa a viver em França reforça a vontade de “insistir” nos protestos, para responder a um governo de Emmanuel Macron que também não recua.

“A área do ensino tem sido muito maltratada, os salários estão cada vez mais baixos e as reformas que este governo tem feito atacam muito o serviço público. E o problema das pensões vem acrescentar um peso ao emprego, que tem condições cada vez mais difíceis”, afirma Matilde Barahona entre os protestos em Paris.

Na manifestação, a professora pede “melhores condições de trabalho, menos alunos por turma, serviço público de qualidade”. “E, claro, a abolição desta reforma das pensões.”

Esta sexta-feira, o Conselho Constitucional francês vai pronunciar-se sobre a constitucionalidade da nova lei, que aumenta de 62 para 64 anos a idade de reforma.

Para Matilde Barahona, a decisão não contará para muito. “O governo está determinado em seguir em frente. Do conselho constitucional haverá uma opinião jurídica, mas o problema desta lei é essencialmente político”, afirma.

A professora concluiu assim que a “injustiça” do aumento da idade de reforma é uma “questão de escolha, não um problema jurídico”.

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