Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Reforma das pensões é "difícil mas essencial para o sistema", diz PM francesa

15 abr, 2023 - 22:56 • Lusa

Elisabeth Borne aponta que medida pretende acelerar reformas para uma França “mais justa e mais verde”, após a promulgação da lei que aumenta a idade mínima de reforma de 62 para 64 anos

A+ / A-

A primeira-ministra da França disse este sábado que a reforma das pensões, promulgada este sábado pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, é “difícil”, mas “essencial” para a sustentabilidade do sistema.

“É uma reforma difícil, estou ciente, sei que exige esforços de muitos dos nossos compatriotas, mas também tem em conta situações particulares. No entanto, é essencial manter um sistema de pensões repartido”, afirmou Elisabeth Borne, algumas horas depois de Emmanuel Macron ter assinado a lei que aumenta a idade mínima de reforma de 62 para 64 anos em França.

A chefe do executivo francês, que participou no pavilhão da federação francesa de judo, em Paris, no encerramento do congresso do partido Renascença de Macron, também estendeu a mão aos sindicatos e outras forças políticas para que se possa “construir compromissos”, votando individualmente em cada projeto, uma vez que o Renascimento está longe de ter maioria absoluta na Assembleia Nacional.

A primeira-ministra salientou que não há planos para desistir desta reforma impopular, que trouxe milhões de manifestantes para as ruas de França durante três meses e quase lhe custou o cargo, numa moção de censura, que evitou por pouco.

“Não podemos virar as costas aos nossos princípios (…) Estamos determinados a acelerar” com as reformas, afirmou a chefe do governo, que optou por falar de uma França “mais justa, mais verde” e defendeu o caráter do partido.

Elisabeth Borne recordou também que Macron falará com os franceses na segunda-feira, sobre a controversa reforma, cujos eixos principais já foram aprovados pelo Conselho Constitucional na sexta-feira.

“Com humildade, respeito e atenção devemos ouvir os receios e a ira dos nossos compatriotas”, acrescentou a primeira-ministra, aludindo a uma mudança de humor no seu executivo, acusado pela oposição de “surdez e autoritarismo” por ter aprovado uma lei a que se opõem pelo menos 70% dos franceses.

Após três meses, os sindicatos organizaram manifestações nas quais participaram milhões de manifestantes em todo o país.

Em março, quando o Governo francês optou por fazer avançar a reforma sem votação na assembleia, os protestos intensificaram-se, provocando cenas de caos e violência em cidades como Paris.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+