23 abr, 2023 - 11:28 • Lusa com Redação
Foram encontrados pelas autoridades quenianas 47 corpos, no leste do Quénia, pertencentes a uma seita cristã que acreditavam que iriam para o céu se morressem de fome.
Entre os mortos foram identificadas algumas crianças, que estariam enterradas ao lado do que parecem ser os seus pais ou parentes, refere a agência EFE.
Desde que as investigações começaram, na última quinta-feira, as autoridades descobriram 65 possíveis túmulos, o que perspetiva que o número de mortos continue a aumentar à medida que as escavações avançam e os corpos são exumados.
As autoridades quenianas acusam o líder Paul Mackenzie Nthenge de encorajar os seus seguidores, que podem ser centenas de pessoas de todo o país, a jejuar até morrer de fome, para ascender ao céu.
A polícia queniana já investigava a seita, quando no dia 14 de abril, invadiu o local onde os seguidores de Nthenge celebravam o jejum, e resgatou 15 pessoas. Quatro delas morreram a caminho de um hospital de Malindi.
Em março, o polémico pastor já tinha sido também preso após ser acusado de estar por trás da morte de duas crianças em circunstâncias semelhantes, mas foi libertado sob fiança.
O caso aconteceu na cidade de Malindi, perto da floresta Shakahola, no condado de Kilifi, num país religioso, onde é comum acontecerem casos de seitas com práticas semelhantes.
[notícia atualizada às 20h34]