19 mai, 2023 - 11:54 • Joana Azevedo Viana com agências
Continuavam esta sexta-feira em marcha as operações de resgate em Itália, na sequência de cheias devastadoras que provocaram pelo menos 14 mortos e forçaram a retirada de mais de 20 mil pessoas.
Esta manhã, o presidente da região de Emilia Romagna, a mais afetada pelas cheias, anunciou que um homem de 84 anos foi encontrado morto na sua casa em Faenza, depois de 13 pessoas terem sido encontradas sem vida na quinta-feira, sobretudo idosos.
As operações de resgate estão a ser dificultadas por numerosos problemas técnicos nas rede elétrica e de telefones, deixando várias cidades isoladas e sem comunicação.
Dezenas de estradas regionais foram afetadas por deslizamentos de terras no seguimento das chuvas torrenciais e da subida do nível dos rios. As cheias têm lugar depois de um longo período de seca anormal nesta altura do ano na região.
Ravenna, que teve de ser quase toda evacuada, voltou a ficar inundada na noite de ontem para hoje. Na cordilheira dos Apeninos, em particular na área de Forli, várias cidades estão sem acesso a eletricidade e água potável, com algumas zonas completamente inacessíveis por causa dos deslizamentos de terras.
Em declarações aos jornalistas, a autarca de Ravenna, Castrese de Rosa, descreveu que a catástrofe é de proporções inéditas num século.
"A situação global é uma emergência única que não ocorria há mais de 100 anos."
As escolas em Bolonha e Casalecchio reabriram hoje apesar de continuar em vigor o estado de emergência na região. A Agência Ambiental da região de Emilia Romagna confirmou que se mantém ativo o alerta vermelho devido às condições meteorológicas.
As previsões são de continuação de chuva ao longo do fim de semana, embora mais fraca. As autoridades continuam em estado de alerta devido à subida dos rios, que pode causar mais cheias.