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Governo de Londres desafiado a agir a favor das vítimas do massacre em igreja na Nigéria

25 mai, 2023 - 07:55 • Olímpia Mairos

No ataque que teve lugar no dia 5 de junho do ano passado morreram 41 pessoas e mais de 70 ficaram feridas. Fundação pontifícia pede justiça.

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A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) está a promover uma petição dirigida ao Governo do Reino Unido em favor das vítimas do massacre, ocorrido em junho do ano passado, na Igreja de São Francisco de Xavier, em Owo, na Nigéria.

No atentado, que ocorreu no dia 5 de junho, morreram 41 pessoas e mais de 70 ficaram feridas. Muitos aguardam ainda por apoio e justiça.

A petição, que pode ser subscrita até 31 de maio, é dirigida a Fiona Bruce, enviada especial do primeiro-ministro para a Liberdade de Religião ou Crença e será entregue precisamente no dia 5 de junho, dia em que se assinala o primeiro aniversário do atentado. Tem como objetivo levar o Governo de Londres a exortar as autoridades nigerianas para que estas possam levar à justiça os responsáveis pelo ataque.

Segundo o atual pároco de S. Francisco Xavier, padre Michael Abugan, que se mudou para a igreja após a tragédia, os sobreviventes estão a tentar refazer as suas vidas, mas este é um processo difícil e doloroso.

“Estão traumatizados. Estão feridos. Querem vir à igreja, mas muitos ainda estão a ter dificuldades. Alguns perderam tudo…”, diz em declarações à AIS.

É o caso de Margareth Attah. Sobreviveu ao ataque, mas perdeu as pernas e a visão num dos olhos. Em declarações à Fundação AIS, pede justiça. “Devia haver justiça. Não nos disseram nada sobre [os autores] do ataque…”

Na petição, que a Fundação AIS está a promover lê-se que “o governo do Reino Unido deve exigir a detenção e prisão de terroristas, a devolução de terras e aldeias, bem como compensação pela destruição de propriedades e meios de subsistência”.

De acordo com os promotores, o ataque ocorrido na Nigéria é apenas um exemplo do que está a acontecer em muitos países em que os cristãos e outras comunidades religiosas minoritárias são as principais vítimas de uma violência que parece interminável.

“Mas há esperança. Ao ficar ao lado deles e contar as suas histórias heroicas de fé e de coragem, podemos quebrar o silêncio sobre a perseguição religiosa. Nós podemos ser a voz deles, podemos iluminar as injustiças e podemos ser um farol da luz e do amor de Cristo através de nossas famílias, escolas, universidades, grupos e comunidades”, acrescenta o texto que termina com o apelo: “não deixe que os sobreviventes sofram em vão”.

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