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Neuralink de Elon Musk vai testar implantes cerebrais em humanos

26 mai, 2023 - 15:08 • Lusa

Objetivo é ajudar as pessoas paralisadas ou que sofrem de doenças neurológicas. Neuralink tem de analisar riscos antes de começar ensaios.

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A Neuralink, uma das empresas do bilionário Elon Musk, anunciou esta semana que recebeu a aprovação das autoridades sanitárias dos Estados Unidos para testar implantes cerebrais em seres humanos.

"Este é um primeiro passo importante que permitirá um dia que a nossa tecnologia ajude muitas pessoas", declarou a empresa californiana na rede social Twitter, acrescentando que "o recrutamento para ensaios clínicos ainda não está aberto".

A Neuralink concebe dispositivos para implantar no cérebro e comunicar com computadores diretamente através do pensamento.

O objetivo inicial é ajudar as pessoas paralisadas ou que sofrem de doenças neurológicas.

A 'start-up' pretende depois tornar estes implantes suficientemente seguros e fiáveis para serem utilizados e "equipar" os cérebros com capacidade informática.

Para Elon Musk, estes 'chips' deviam permitir à humanidade alcançar uma "simbiose com a inteligência artificial (IA)", de acordo com uma intervenção na conferência anual da empresa, em 2022.

O bilionário disse temer que os sistemas de IA possam ultrapassar os humanos e assumir o controlo.

Em março, fundou a X.AI, uma nova empresa especializada em IA, presumivelmente para rivalizar com a OpenAI, a empresa que concebeu o ChatGPT, um programa bem sucedido de IA capaz de interagir com humanos e produzir todo o tipo de textos a pedido.

A aprovação da Food and Drug Administration (FDA) surge menos de um ano depois do primeiro pedido da Neuralink.

Riscos têm de ser analisados antes de ensaios

Apesar de ter dado autorização, a agência norte-americana fez questão de referir que há riscos que devem ser analisados antes de se começarem os ensaios em seres humanos.

Entre eles estão o uso de baterias de lítio nos dispositivos e a possibilidade de os fios dos implantes se alojarem dentro do cérebro, bem como a dificuldade de retirar os dispositivos com segurança e sem danificar tecido cerebral.

A autorização da FDA surge numa altura em que as autoridades norte-americanas pedem que se investigue um painel que coordena testes em animais na Neuralink, por possíveis violações das leis de proteção animal.
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