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Ucrânia. Ataque russo faz pelo menos 11 mortos

13 jun, 2023 - 08:13 • Marta Pedreira Mixão com Agências

Zelensky condenou o ataque contra a sua cidade natal, acusando a Rússia de continuar "a sua guerra contra edifícios residenciais".

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 Foto: National Police Of Ukraine Handout/EPA
Foto: National Police Of Ukraine Handout/EPA

Há pelo menos 11 mortos confirmados na sequência de um ataque à cidade ucraniana em Kryvy Rih, que pertence a Dnipro, e é a cidade natal do presidente ucraniano.

Vários edifícios residenciais foram atingidos por mísseis e, segundo as autoridades, há, pelo menos, 25 pessoas feridas e outras podem ainda estar presas sob os escombros.

As operações de resgate estão em curso nos edifícios, segundo afirmou o governador regional Serhiy Lysak, através da aplicação de mensagens Telegram.

"Os assassinos russos continuam a sua guerra contra edifícios residenciais, cidades comuns e pessoas", condenou Zelensky, que nasceu em Kryvyi Rih, também numa mensagem publicada no Telegram e no Twitter.

A coordenadora humanitária da ONU na Ucrânia, Denise Brown, condenou veementemente o ataque desta manhã em Kryvyi Rih.

"A invasão da Rússia, mais uma vez, reclamou vidas e trouxe sofrimento ao povo da Ucrânia. Esta manhã, um ataque em Kryvyi Rih atingiu um edifício residencial, matando e ferindo muitos civis. O direito humanitário internacional é claro: os civis e as infraestruturas civis não são um alvo!", afirmou.

Segundo o Guardian, o presidente russo, Vladimir Putin, em comentários veiculados pela agência Tass, acusou, recentemente, a Ucrânia de atacar civis, afirmando que tal não fazia sentido do ponto de vista militar: "Por que é que o inimigo está a atingir áreas residenciais? Não tem lógica. Para quê, porquê, qual é o objetivo? E, obviamente, alvos humanitários - é espantoso. E não há qualquer sentido militar, é zero".

Vítimas das inundações da barragem na Ucrânia aumentam para 10 mortos e 41 desaparecidos

Entretanto, são já 10 as vítimas mortais das inundações provocadas pela destruição de uma barragem em Kherson. Há, ainda, 41 desaparecidos, segundo um balanço atualizado das autoridades ucranianas.

“Estamos com dez mortos em Kherson e na região… Também temos 41 desaparecidos”, anunciou o ministro do Interior ucraniano, Igor Klymenko, na rede social Telegram.A barragem de Kakhovka, localizada numa área sob controlo russo, foi destruída em o6 de junho, inundando centenas de quilómetros quadrados a jusante, forçando a retirada de milhares de habitantes e aumentando o receio de um desastre humanitário e ambiental.

O último balanço das autoridades ucranianas, no domingo, dava conta de seis mortes e 35 pessoas dadas como desaparecidas.

O governador da região de Kherson, Olexandr Prokudin, indicou também no Telegram a descoberta de dois novos corpos de vítimas na cidade, capital da região de mesmo nome.

“Uma mulher ainda não identificada e um homem de 50 anos foram encontrados afogados num dos bairros da cidade”, disse.

O governador tinha anunciado, no dia anterior, que três pessoas tinham morrido por bombardeios do exército russo num barco de resgate que estava a retirar civis.

A Ucrânia acusou a Rússia de ter destruído a barragem de propósito, para bloquear a estrada nesta região do sul para as suas tropas que preparavam uma contra-ofensiva, mas a Rússia garantiu que a barragem cedeu após os bombardeios ucranianos.

O diretor da Agência Internacional de Energia Atómica está também, esta terça-feira, na Ucrânia. Rafael Grossi vai apresentar um programa de assistência para responder à redução do fluxo de água para a central de Zaporijia.

[Artigo atualizado às 18h30]

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