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Blinken está em Pequim para iniciar "degelo" diplomático entre China e EUA

18 jun, 2023 - 17:31 • Lusa

Secretário de Estado norte-americano permanecerá no país durante dois dias para discutir a "cooperação económica, o conflito Rússia-Ucrânia e a questão de Taiwan" com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês.

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Os chefes da diplomacia da China, Qin Gang, e dos Estados Unidos, Antony Blinken, reuniram-se este domingo em Pequim, no início da primeira visita de um secretário de Estado norte-americano ao país em cinco anos.

Blinken chegou a Pequim no início da manhã deste domingo, tornando-se também o mais alto funcionário dos Estados Unidos a visitar a China desde que o Presidente Joe Biden iniciou o mandato em 2021.

Permanecerá na capital chinesa durante dois dias, para conversações que vão abordar “a cooperação económica, o conflito Rússia-Ucrânia, a questão de Taiwan e os preparativos para as próximas reuniões de alto nível”, segundo os meios de comunicação chineses.

Qin e Blinken já tinham trocado críticas na quarta-feira, durante uma conversa telefónica que constituiu o primeiro contacto bilateral de alto nível em meses, segundo a agência espanhola EFE.

O ministro chinês apelou então aos Estados Unidos para que cessem ações que prejudiquem a segurança soberana e os interesses de desenvolvimento da China “em nome da concorrência”. Blinken pediu a Qin que “mantenha as linhas de comunicação abertas” para evitar conflitos.

O gabinete do secretário de Estado norte-americano admitiu anteriormente que não se esperam grandes avanços nas conversações, dadas as muitas áreas de fricção entre Washington e Pequim.

A ideia continua a ser iniciar um “degelo” diplomático e manter um diálogo para “gerir responsavelmente a relação sino-americana”, disse o Departamento de Estado a propósito da visita, segundo a agência francesa AFP.

Entretanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros já confirmou uma visita futura aos Estados Unidos.

Episódio do balão chinês adiou visita

A visita de Blinken estava inicialmente prevista para fevereiro, na sequência do encontro entre Biden e o Presidente chinês, Xi Jinping, à margem de uma cimeira do G20 na Indonésia, em novembro.

A viagem foi adiada em cima da hora, devido ao sobrevoo de território norte-americano por um balão chinês, que Washington considerou ser espião e Pequim disse ser um aparelho meteorológico que se tinha desviado da rota.

Enquanto Blinken voava para a China, Biden minimizou o episódio do balão. “Não creio que os dirigentes [chineses] soubessem onde estava o balão, o que continha e o que se estava a passar”, disse aos jornalistas no sábado. “Penso que foi mais embaraçoso do que intencional”, acrescentou, citado pela AFP.

A reunião entre Qin e Blinken será seguida de um jantar de trabalho, de acordo com a agência norte-americana AP. Na segunda-feira, Blinken terá novas conversações com Qin, bem como com o principal diplomata chinês, Wang Yi, e possivelmente com Xi Jinping, acrescentou a AP.

O anterior secretário de Estado norte-americano a visitar a China foi Mike Pompeo, em outubro de 2018.

[Notícia atualizada às 17h58 de 18 de junho de 2023]

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