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Guerra na Ucrânia

"Cooperação entre NATO e Kiev não nos aproxima da paz", diz Rússia

19 jun, 2023 - 12:11 • Lusa

Moscovo tem acusado o Ocidente de travar uma "guerra por procuração" contra a Rússia através da Ucrânia.

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A diplomacia russa insistiu esta segunda-feira que a cooperação da NATO com a Ucrânia atrasa a resolução do conflito entre os dois países e que uma das razões para a crise é o Ocidente ignorar os interesses russos.

"A atual cooperação estreita entre o regime de Kiev e a NATO, mesmo sem o registo oficial de adesão à organização, não nos aproxima da paz, mas adia a resolução da crise", afirmou o diplomata Alexei Polishchuk.

O diretor dos assuntos da Ucrânia, Bielorrússia e Moldova no Ministério dos Negócios Estrangeiros reafirmou, em entrevista à agência russa TASS, que a Ucrânia está a ser instrumentalizada pelo Ocidente.

"Infelizmente, o objetivo do Ocidente não é a segurança da Ucrânia, mas a sua utilização como instrumento de luta contra a Rússia", disse.

Moscovo tem acusado o Ocidente de travar uma "guerra por procuração" contra a Rússia através da Ucrânia.

O atual conflito armado entre os dois países vizinhos começou em 24 de fevereiro de 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia para a "desmilitarizar e desnazificar".

A NATO e outros aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armamento a Kiev para combater a invasão russa.

Polishchuk disse à TASS que se o Ocidente se preocupasse com a segurança de Kiev, os Estados Unidos da América (EUA) e a NATO insistiriam num estatuto neutro para a Ucrânia, em vez de ignorarem os interesses de Moscovo.

"Desde os anos 90, temos contrariado o avanço irrefletido deste bloco militar agressivo [NATO] para as nossas fronteiras, temos avisado que a segurança de alguns países não pode ser garantida à custa da segurança de outros", afirmou.

Segundo Polishchuk, Moscovo propôs várias opções para resolver o problema, "incluindo a criação de um espaço euro-atlântico e euro-asiático único e indivisível em termos de segurança".

Referiu que a última proposta de Moscovo foi a apresentação de projetos de acordos sobre garantias de segurança com os EUA e a NATO, mas "a iniciativa foi ignorada".

Desde então, "a Finlândia tornou-se membro da NATO e a Suécia está a caminho", sendo que "se fala em aceitar a Ucrânia, que recebeu essa promessa em 2007", referiu.

"Infelizmente, o Ocidente continua a seguir o caminho da confrontação, desmantelando o sistema de controlo de armas existente e destruindo os restos da arquitetura de segurança europeia", acrescentou.

A NATO (sigla inglesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte) foi fundada em 1949 por 12 países, incluindo Portugal, como uma aliança militar de defesa contra a União Soviética, no quadro da Guerra Fria.

Em reação, Moscovo criou o Pacto de Varsóvia em 1955.

Com a dissolução da União Soviética e do Pacto de Varsóvia em 1991, a NATO foi-se alargando a leste, integrando vários países do bloco soviético.

A Rússia considera que o alargamento da NATO põe em causa a segurança do país.

Antes da invasão de há quase 16 meses, Moscovo exigiu que a NATO garantisse que Ucrânia e Geórgia nunca se tornariam membros da aliança.

Exigiu também o recuo da NATO para posições anteriores a 1997, antes do alargamento a leste.

A Aliança Atlântica recusou ambas as exigências.

Na sequência da guerra, Ucrânia, Finlândia e Suécia formalizaram candidaturas de adesão à NATO, que tem atualamente 31 membros.

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  • Cidadao
    19 jun, 2023 Lisboa 11:54
    A mesma retórica, baseada numa Realidade alternativa que seria motivo de riso Mundial se não se estivessem a perder vidas e um País a ser destruído - espero que os 600 000 Milhões dos fundos russos cativados pelo Ocidente, cheguem para pagar a reconstrução da Ucrânia. No resto compreende-se muito bem que a Rússia queira o fim do apoio Ocidental à Ucrânia, não em termos de obter a "Paz" - se quer a Paz, basta retirar as tropas russas de território Ucraniano incluindo a Crimeia, que a Paz virá de imediato - mas de isso tornar possível a ocupação militar da Ucrânia sob um dos pretextos lunáticos que Moscovo gosta de inventar. E planear uma "ordem Mundial" ao sabor da Rússia, ignorando a soberania e vontades de País Livres, é mesmo da lavra de Moscovo que se calhar julgar-se-ia mandatada para invasões militares ou assassinatos dos lideres dos Países que se opusessem a essa "Ordem Moscovita". Quanto ao recuo da NATO para fronteiras de 1997 abandonando aos caprichos de Moscovo, os Países que a ela (NATO) aderiram, e pretender manipular a política externa da Ucrânia no sentido de a afastar do Ocidente e da NATO, só podem ser delírios de quem ou não vive neste planeta, ou julga que ameaçar com o nuclear - como se o Ocidente não tivesse também nuclear - resolve tudo. Têm razão aqueles que acham que a Rússia deve ser rodeada por um "cordão sanitário" de Países NATO com fortes guarnições militares: aquele País, não é de fiar!

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