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Turquia considera que Suécia ainda não tem condições para aderir à NATO

19 jun, 2023 - 22:37 • Lusa

A Turquia, juntamente com a Hungria, é o último país que está a bloquear a adesão da Suécia à Aliança Atlântica.

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O porta-voz do partido governamental turco AKP, Omer Çelik, insistiu, esta segunda-feira, após uma reunião da cúpula do partido, que a Suécia ainda não está a cumprir as condições para que a Turquia aprove a sua entrada na NATO.

A Turquia, juntamente com a Hungria, é o último país que está a bloquear a adesão da Suécia à Aliança Atlântica e acusa Estocolmo de uma atitude pouco firme face ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), a guerrilha curda da Turquia e considerada uma organização terrorista pela Turquia, União Europeia e Estados Unidos.

"A Suécia promoveu vários passos. Aprovou leis, tentam demonstrar a sua vontade, e também disseram que vão extraditar um ou dois membros do PKK", disse Çelik - um dos dirigentes do islamista e conservador Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP, no poder desde 2003) e liderado pelo Presidente Recep Tayyip Erdogan -, perante os 'media'.

"Mas apresentar essas leis não é suficiente. Tem de ser aplicada com determinação. Ou o sistema judiciário não as aplica com suficiente rigor, sob o pretexto da liberdade de expressão, ou as forças de segurança não fazem o suficiente", criticou o porta-voz.

Indicou ainda que as pessoas extraditadas até ao momento "não tinham relação com o terrorismo mas estavam vinculadas ao narcotráfico" e manifestou a esperança de que Estocolmo "mostre a necessária sensibilidade na extradição de pessoas vinculadas ao terrorismo".

Na passada quarta-feira Erdogan emitiu uma posição similar, ao criticar "os terroristas que se manifestam na rua na Suécia", e apesar de ter prometido comparecer na cimeira da NATO de Vilnius, em 10 e 11 de julho, excluiu uma aprovação de Anacara à adesão da Suécia antes do conclave aliado.

Comentários
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  • Digo
    20 jun, 2023 Eu 11:40
    Sugiro assinar desde já uma espécie de pré-acordo entre Países NATO -excluindo os chantagistas do costume - que permita à Suécia assistir com poderes reforçados a todas as reuniões NATO, fazer exercícios militares conjuntos, ter declarações pais a pais que um ataque contra a Suécia é uma ataque contra 28 País, em suma um "mini-tratado" e uma entrada informal na NATO. E ao mesmo tempo cessar toda e qualquer apoio militar e vendas de armamento a Turquias e Hungrias. Principalmente a Hungria, é de analisar se vale a pena mantê-la na NATO. Se com a Suécia faz isto, imaginem quando chegar a vez da Ucrânia aderir à organização...
  • Cidadao
    19 jun, 2023 Lisboa 21:56
    Já disse e repito: acabem com essa regra da unanimidade e substituam-na por "2/3 mais um". Acabam-se os chantagistas e Erdogans e Urbans ficam a ver navios. Entretanto a NATO e a UE, que diminuam os apoios que Hungria e Turquia recebem, a ver se atinam.

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