23 jun, 2023 - 00:00 • Lusa
Donald Trump pediu esta quinta-feira ao Congresso que investigue "a caça às bruxas" de que diz ser vítima, depois de a Procuradoria divulgar à defesa parte das provas que vai usar no julgamento contra si no caso dos documentos classificados.
Em várias mensagens publicadas desde as primeiras horas desta quinta-feira, o ex-presidente dos EUA reiterou a sua inocência em relação às 37 acusações de que é objeto, assegurando que é vítima de uma conspiração orquestrada pelo Departamento da Justiça para "interferir" nas eleições presidenciais de 2024.
O ex-presidente, de 77 anos, pediu diretamente aos congressistas que atue para deter "uma forma atualizada de manipulação da eleição mais importante", referindo-se à eleição presidencial.
Trump foi acusado formalmente em 13 de junho no tribunal federal de Miami de delitos relacionados com cerca de uma centena de documentos classificados encontrados durante uma busca realizada em 2022 na sua casa de Palm Beach, no Estado da Florida.
A juíza federal do caso, Aileen Cannon, estabeleceu um período de duas semanas, a contar de 14 de agosto, para o julgamento com jurados de Trump, com as audiências a decorrer em Fort Pierce, no sudeste da Florida, a 208 quilómetros de Miami.
Das 37 acusações feitas a Trump, 31 são por reter deliberadamente documentos relacionados com a defesa dos EUA, mas também é acusado de obstruir a justiça e de ocultar "de maneira corrupta" documentos e registos.
Alguns desses crimes são puníveis com um máximo de 20 anos de prisão e uma multa de 50 mil dólares.