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Guerra na Ucrânia

Paz na Ucrânia? Rússia desmente "acordos concretos" com enviado do Vaticano

29 jun, 2023 - 14:18 • Lusa

A visita do cardeal Zuppi a Moscovo ocorre três semanas após a sua deslocação a Kiev, onde se reuniu com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

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O Kremlin afirmou esta quinta-feira que não foram alcançados "acordos concretos" entre a Rússia e o Vaticano sobre a "paz na Ucrânia" depois das conversações estabelecidas na quarta-feira entre o assessor da Presidência russa e o enviado do Papa Francisco.

Nos contactos "trocaram-se opiniões e informações sobre questões humanitárias no contexto dos assuntos ucranianos, mas não se alcançaram decisões ou acordos concretos", disse hoje à imprensa o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

O cardeal italiano Matteo Zuppi, enviado do Vaticano, encontrou-se na quarta-feira com Yuri Ushakov, assessor da Presidência russa para os Negócios Estrangeiros, e deve encontrar-se hoje com o patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Cirilo.

A visita do cardeal Zuppi a Moscovo ocorre três semanas após a sua deslocação a Kiev, onde se reuniu com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

O chefe de Estado ucraniano disse então ao enviado do Papa Francisco que Kiev só aceita um acordo que preveja a retirada russa dos territórios ucranianos.

As perspetivas de mediação são escassas nesta altura já que, por um lado, a Rússia acusa Kiev de rejeitar negociações, e, por outro lado, Zelensky reitera que Moscovo tem de retirar-se de todos os territórios ucranianos, incluindo da península da Crimeia, ocupada desde 2014 pelas forças russas.

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, disse recentemente que a Rússia mantém os objetivos da "operação militar especial" no território ucraniano, designação oficial russa sobre a invasão da Ucrânia.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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  • Digo
    29 jun, 2023 Eu 18:00
    A Paz será obtida pela força das armas. Tal como a Rússia não desiste do "suculento bocado" de território que (ainda) ocupa na Ucrânia e de tentar condicionar a entrada da Ucrânia na UE e sobretudo na NATO, também a Ucrânia não faz tenções de ceder 1 m2 que seja de território à Rússia, nem de obter indemnizações de guerra que serão pagas com os fundos russos cativados no Ocidente, assim como de julgar os criminosos de guerra russos. As propostas de Paz russas e Ucranianas não podiam ser mais antagónicas. Logo, parece que a disputa terá de ser resolvida pelas armas.

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