02 jul, 2023 - 19:42 • Lusa
O Presidente dos EUA fará uma viagem diplomática à Europa de 09 a 13 de julho, visitando o Reino Unido, reunindo com a cúpula da NATO na Lituânia, segindo-se uma cimeira na Finlândia, anunciou este domingo a Casa Branca.
De acordo com a porta-voz da Casa Branca, Joe Biden terá em Londres encontros com o Rei Carlos III e com o primeiro-ministro Rishi Sunak, seguindo depois para Vílnius, a capital lituana para reuniões com os líderes da NATO, nos dias 11 e 12.
No Reino Unido, será o primeiro encontro do Presidente dos EUA com o Rei Carlos III desde que este foi coroado, em maio passado.
Karine Jean-Pierre adiantou que em Helsínquia, a 13 de julho, o Presidente Biden participará numa cimeira entre dirigentes norte-americanos e nórdicos (Finlândia, Suécia, Noruega, Islândia e Dinamarca).
A Finlândia tornou-se o trigésimo primeiro membro de pleno direito da NATO em abril deste ano, depois de concluir o processo de adesão solicitado na sequência da invasão russa da Ucrânia, o que implica que o país está abrangido pelo artigo 5.º da Aliança de Defesa Coletiva.
A Finlândia e a Suécia solicitaram a adesão à NATO em maio de 2022, embora apenas a primeira tenha conseguido concluir o processo de ratificação em abril deste ano, pois o pedido de adesão da Suécia foi bloqueado pela Turquia e pela Hungria.
A Turquia acusa a Suécia de ter uma postura muito frouxa com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), grupo guerrilheiro que iniciou uma luta armada contra o Estado turco em 1984 para exigir mais autonomia para os curdos e é considerado um grupo terrorista pela Turquia, Suécia, União Europeia e Estados Unidos.
Por seu turno, a Hungria tem sido mais opaca sobre as razões específicas pelas quais está a bloquear a entrada da Suécia, mas já expressou desacordo com as críticas que Estocolmo tem feito sobre a erosão do Estado de Direito provocada pelo Governo do primeiro-ministro húngaro, o ultranacionalista Viktor Orbán.
Biden tem ainda agendado reunir-se na próxima quarta-feira na Casa Branca com o primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, para discutir o processo de adesão.