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GUERRA NA UCRÂNIA

Morreram 21 mil mercenários do grupo Wagner na Ucrânia, diz Zelensky

02 jul, 2023 - 12:21 • Pedro Valente Lima

Presidente ucraniano avança ainda que o grupo paramilitar conta com, pelo menos, 80 mil feridos. Mercenários estão a desmobilizar do campo de batalha.

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Este sábado, o Presidente ucraniano avançou que o grupo Wagner já perdeu, pelo menos, 21 mil mercenários desde o início da guerra na Ucrânia. Os números foram avançados por Zelensky na conferência de imprensa após o encontro com o primeiro-ministro espanhol em Kiev.

Citado pela CNN, o chefe de Estado da Ucrânia diz que, só no leste do país, as forças de Kiev "mataram 21 mil membros do grupo Wagner", acrescentando ainda, pelo menos, 80 mil feridos. "São perdas enormes para o grupo Wagner."

Num dos seus habituais discursos, este sábado, Volodymyr Zelensky voltou a salientar que a insurreição dos mercenários, liderados por Prigozhin, teve "um grande impacto no poderio russo no campo de batalha", o que poderá ser benéfico para a contraofensiva ucraniana.

"Precisamos de tirar partido desta situação para empurrar o inimigo para fora do nosso país. Eles estão a perder a guerra. Não têm mais vitórias no campo de batalha na Ucrânia, então estão a tentar arranjar alguém que possam culpar."

De relembrar que na madrugada de 24 de junho, o grupo Wagner iniciou uma rebelião contra Putin e o Kremlin. Naquilo a que chamavam de "marcha pela justiça", que seguia em direção a Moscovo, os comandados de Prigozhin chegaram a controlar as cidades de Rostov-on-Don e Voronezh.

As forças mercenárias apenas travaram a 200 quilómetros da capital, de modo a evitar um "banho de sangue", disse Yevgeny Prigozhin, que garantiu ainda: "Não marchámos para derrubar a liderança russa".

Entretanto, o grupo paramilitar já anunciou que iria deixar de combater ao lado das forças russas na guerra da Ucrânia, avançou Andrei Kartapolov, porta-voz do comité de Defesa da Duma (câmara baixa do Parlamento russo), na passada quinta-feira.

A desmobilização dos mercenários do Wagner tem passado por três alternativas propostas pelo Presidente russo, Vladimir Putin: serem integrados no Exército, regressarem a casa ou irem para a Bielorrússia. Seria garantida amnistia aos membros do grupo paramilitar pelos serviços prestados na guerra da Ucrânia.

Mediante acordo, Yevgeny Prigozhin acabou por se exilar na Bielorrússia, país onde se suspeita que se esteja a construir um campo militar para albergar o grupo Wagner.

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